40 anos de 'Menina Veneno': por onde anda Ritchie?
A música ‘Menina Veneno’ foi um sucesso absoluto nos anos 1980. Interpretada por Ritchie, fez parte da trilha sonora da vida de muita gente e, até hoje, é lembrada com saudosismo.
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Em 2023, ‘Menina Veneno’ completou 40 anos, assim como o álbum ‘Voo de Coração’, de Ritchie. Para celebrar essa data tão marcante, o cantor regressou aos palcos com o show ‘A Vida Tem Dessas Coisas'.
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O início da carreira de Ritchie foi cheia de desafios, já que ele encontrou barreiras na música, devido a sua nacionalidade.
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À revista Carta Capital, Ritchie lembrou: “Primeiro, as gravadoras contestavam o fato de um inglês cantar em português, o que poderia não ser bem recebido pelo público”.
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O cantor pretendia que sua música de trabalho fosse ‘Vôo de Coração’, entretanto, a gravadora preferiu ‘Menina Veneno’, mesmo que seu tempo de duração fosse de mais de 5 minutos.
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Ainda na entrevista à revista, Ritchie revelou: “Ao contrário de todas as expectativas da gravadora e de regras e fórmulas, 'Menina Veneno' estourou. Essa questão de ser uma música longa acabou trabalhando a nosso favor, que trouxe uma sonoridade nova”.
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O hit alastrou-se antes da data oficial de lançamento e, devido à correria, a gravadora usou o compacto que Ritchie havia produzido com a ajuda dos amigos.
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No mesmo ano, Ritchie gravou o LP ‘Voo de Coração’, que, além de 'Menina Veneno', contou com outras canções bem-sucedidas: ‘Pelo Interfone’, ‘A Vida tem dessas coisas’ e ‘Casanova’.
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Ritchie nasceu em Beckenham, na Inglaterra, em 1952. Ele sempre foi cercada de arte e música. Ainda menino, cantou no coral de uma igreja na Alemanha, e depois passou a estudar literatura inglesa na Universidade de Oxford. Aos 20 anos, abandonou tudo para tocar flauta na banda londrina Everyone Involved.
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Nessa fase, Ritchie ficou amigo de um grupo de músicos brasileiros, incluindo Rita Lee e Liminha, quando ainda faziam parte da banda 'Os Mutantes'. Convidado para conhecer o Brasil, decidiu, em princípio, ir ao país para passar três meses de férias.
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Na capital paulista, formou a banda Scaladácida, fez diversos shows e foi sondado pela gravadora Continental. Entretanto, não pôde assinar contrato, já que não possuia visto de permanência. Assim, a banda se desfez.
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Aos 21 anos, Ritchie casou-se com a arquiteta e estilista, Leda Zuccarelli, e mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1975, dedicou-se ao rock progressivo e passou a fazer parte da banda Vímana, cantando em inglês.
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Nessa época, a banda era formada por Lobão, na bateria, Luiz Simas, no teclado, Lulu Santos, na guitarra, e Fernando Gama, no baixo. Juntos, participaram da peça musical ‘A Feiticeira’, de Marília Pêra, e fizeram shows em grandes lugares como o Museu de Arte Moderna, no Teatro Galeria e no Teatro Tereza Rachel.
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O grupo não alcançou a fama e acabou. Ritchie, sem perspectiva e desgostoso com a carreira musical, começou a dar aulas de inglês para músicos como Egberto Gismonti, Paulo Moura e Gal Costa (foto).
No ano 1980, Ritchie aceitou o convite de Jim Capaldi, do Traffic, para participar, como arranjador de vocais, do seu álbum solo, em Londres.
Em 1982, o cantor voltou ao Brasil e procurou alguns amigos, como Bernardo Vilhena e Liminha, para compor o seu primeiro disco solo, em português. Recebeu a negativa de diversas gravadoras, mas não desistiu.
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A gravadora CBS, por sua vez, gostou do trabalho e orientou que Ritchie gravasse novamente algumas canções. Ele nadou contra a correnteza e recuperou 'Menina Veneno', o que impressionou o produtor Cláudio Condé.
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O sucesso chegou e a canção tornou-se um marco no mercado fonográfico brasileiro. Em 1984, ganhou o troféu Imprensa. Na competição, Ritchie desbancou Roberto Carlos e Tim Maia.
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Em 1984, Ritchie lançou o LP ‘E a Vida Continua’ e emplacou o sucesso ‘Sopra o Vento’ na novela ‘A Gata Comeu’, de 1985. A partir desse ano, começou a dedicar-se à música eletrônica, e, na sequência, lançou o álbum ‘Circular’.
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Em 1986, emplacou a música ‘T r a n s a s’ na trilha sonora do sucesso global ‘Roda de Fogo’. Depois foi premiado com o Troféu Villa Lobos e com mais um troféu Imprensa, desta vez, como a melhor música de 1986.
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Os anos foram seguindo e o sucesso já não era o mesmo. Algumas participações e parcerias foram feitas. Nomes como Cazuza, Kiko Zambianchi, Paula Toller, Vinicius Cantuária, Claudio Zoli, dentre outros cantores, interessaram-se por suas músicas, bem como suas produções.
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O trabalho de Ritchie, aos poucos, foi migrando para a computação dentro do universo musical. Ele tornou-se websound designer e assinou a criação e a implantação de softwares de áudio em sites como Yahoo! Digital e Beatnik.
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Após anos afastado do mercado fonográfico, lançou, em 2002, o álbum ‘Auto-Fidelidade’ onde firmou parcerias com Erasmo Carlos, Bernardo Vilhena, Nelson Motta, Ronaldo Bastos e Alvin L.
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Em 2005, Ritchie participou do CD e DVD 'Multishow Anos 80 ao Vivo'. A produção foi um sucesso e ele saiu em turnê Brasil afora com os amigos Leo Jaime, Leoni, Kid Vinil e Nasi, entre outros.
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Em 2008, Ritchie fundou seu próprio selo e, em 2009, gravou o álbum (CD e DVD) ‘Outra Vez’ com algumas músicas novas e, claro, os seus maiores sucessos. Em comemoração aos seus 60 anos, Ritchie lançou seu primeiro álbum como intérprete, intitulado 60.
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Já em 2016, dedicou um álbum, ‘Old Friends: The Songs of Paul Simon’, ao cantor e compositor norte-americano Paul Simon. Em 2019, foi a vez do CD ‘Wild world – The songs of Cat Stevens’.
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