Assim foi o lindo trabalho filantrópico de Lady Di
A foto é de abril de 1991 e foi tirada durante uma visita de Diana de Gales a um orfanato de crianças com Aids, em São Paulo (Brasil). Antes de morrer tragicamente em um acidente de carro, a princesa dedicou seu tempo a causas humanitárias.
Nos anos 1980, a pandemia de Aids afetou duramente o mundo e assustou a maioria da população. Diana procurou mudar a visão equivocada ligada aos doentes.
Durante a inauguração de uma enfermaria de Aids no hospital de Middlesex, na Inglaterra, a princesa Diana apertou a mão de pacientes, sem usar luvas, ao contrário do que costumava-se fazer, naquele momento). A imagem estampou a capa de vários meios de comunicação do mundo e serviu para mostrar que a doença talvez não era transmitida pelo toque.
A imagem destacava o quanto Diana preocupava-se com todos aqueles diante dela.
Já nesta imagem, a Princesa de Gales visitava ao Farol de Londres, onde sentou-se ao lado de um paciente com HIV, em 1996.
Em 1991, a princesa Diana viajou a Toronto, no Canadá, para visitar os residentes do Casey House. Mais uma vez, ela não hesitou em apertar as mãos de todos os que sofriam de Aids.
Em 2016, durante uma conferência sobre Aids na África do Sul, Harry lembrou que a doença continuava existindo: “É hora de uma nova geração de líderes dar um passo à frente. É hora de nos esforçarmos para garantir que nenhum jovem sinta vergonha de pedir um teste de HIV. ”
E continuou: "É hora de intensificarmos e reconhecermos que o estigma e a discriminação ainda atuam como a maior barreira à nossa capacidade de derrotar esta doença de uma vez por todas."
Diana também viajou para países com alto índice de hanseníase, para tentar remover o estigma que cercava seus portadores. Ela foi patrona da Missão da Lepra e visitou hospitais na Índia, Nepal e Zimbábue.
A princesa passava horas com os pacientes. “Sempre quis tocar as pessoas com hanseníase para mostrar, com uma ação simples, que elas não são contagiosas”, disse.
Ela fez coisas incríveis não só no Reino Unido. Passava horas conversando com vítimas de doenças e de guerras e levantava enormes quantias de dinheiro para instituições de caridade.
Embora Diana odiasse ser perseguida pela imprensa, tentou usar sua fama para um bem maior. Em uma entrevista para o Panorama da BBC, em 1995, ela disse: “Eu gostaria de uma monarquia que tivesse mais contato com seu povo”.
Diana foi patrona de mais de 100 instituições. Ela assumiu o dever de fazer o possível para ajudar os necessitados: “Onde eu vir sofrimento é onde eu quero estar”.
Um documentário da BBC mostra Diana em Angola, no ano 1997. As tragédias causadas pelas minas terrestres preocuparam tanto a princesa que, pouco depois da viagem, ela tornou-se a mais proeminente ativista antiminas.
A princesa colocou sua própria segurança em risco ao decidir atravessar um campo minado recentemente limpo. Isso, definitivamente, chamou a atenção do mundo e colocou o problema no centro das atenções, que era exatamente o objetivo de Diana.
“Eu li as estatísticas de que Angola tem a maior porcentagem de amputados do mundo”, disse ela no documentário. “Uma em cada 333 pessoas perdeu um membro, a maioria devido a explosões de minas terrestres.”
Entretanto, Diana disse que a leitura das estatísticas não a preparou para o horror que viu em Angola.
Esta foto foi tirada em janeiro de 1997. A Princesa de Gales posa com crianças feridas em minas, durante visita à Oficina Ortopédica Neves Bendinha, em Luanda, Angola.
Décadas depois da primeira visita de Lady Di a Angola, esta campanha de conscientização continua. O caçula da princesa, Harry, virou patrono da ONG The Halo Trust, que pretende livrar-se completamente das minas terrestres até 2025.
“Em 2015, o número de mortes e feridos por minas terrestres atingiu o máximo em dez anos. Talvez o mais chocante é o o fato de que quase 80% destas pessoas eram civis ”, disse Harry. “Essas tragédias não condizem com as promessas feitas pelo mundo, há vinte anos. Muitas comunidades permaneceram acorrentadas em um ciclo de pobreza e medo”, completou em um discurso.
Diana também divulgou o trabalho do Centrepoint, em 1992. A ONG luta contra o enorme problema da falta de moradia entre os jovens e visa construir-lhes um futuro.
“Cada um de nós precisa mostrar o quanto nos importamos uns com os outros e, no processo, cuidamos de nós mesmos”. Esta frase de Diana é um exemplo de seu bom coração e está mais atual que nunca.
Quando William tinha 23 anos foi levado para ver os abrigos do Centrepoint. A partir daí, tornou-se patrono da instituição. “Minha mãe me apresentou esse tipo de trabalho há muito tempo. Foi uma verdadeira revelação e estou muito feliz por ela ter feito isso. É algo que mantenho perto de mim.”
“Graças à princesa Diana, as pessoas não apenas estão mais cientes de nosso trabalho, mas também da questão dos jovens sem-teto”, disse Seyi Obakin, presidente-executivo do Centrepoint.
Diana também era a patrona deste importante hospital de tratamento de câncer infantil.
Este hospital infantil era muito querido por Diana. Ela mantinha uma ligação pessoal muito especial com muitas das crianças.
Este era outro hospital que a princesa visitava com frequência: “Eu faço isso pelo menos três vezes por semana e passo até quatro horas por vez com os pacientes, segurando suas mãos e conversando com eles. Alguns deles viverão e alguns morrerão, mas todos precisam ser amados enquanto estiverem aqui. Eu tento estar lá para eles”.
Este foi um fundo criado com as doações recebidas na época da morte de Diana, que totalizaram, inicialmente, 26 milhões de dólares. Quando o fundo foi encerrado, em 2012, havia feito 727 doações a 471 organizações e destinado mais de 145 milhões de dólares a causas beneficentes.
Posteriormente, em março de 2013, a Fundação Real do Duque e da Duquesa de Cambridge e o Príncipe Harry assumiram o controle do Fundo, trabalhando juntos para garantir que qualquer renda futura seja doada adequadamente para instituições de caridade que sua mãe teria desejado.
Já o Diana Award (Prêmio Diana) foi criado em homenagem à princesa, que sempre acreditou no poder dos jovens para mudar o mundo. Trata-se de um reconhecimento a pessoas de entre 9 e 25 anos por seu trabalho humanitário.
Diana era muito mais do que uma princesa. Marcou para sempre a história da família real britânica por sua grande e verdadeira empatia.
O seu legado perdura até hoje. A "Princesa do Povo" será lembrada como uma das maiores filantropas que o mundo já viu.