Amy Winehouse em fotos: assim foi sua vida (e sua morte)
Antes de Amy Winehouse iniciar sua longa espiral descendente, que terminou em sua morte, encantou o mundo com sua voz e músicas cheias de referências de soul e jazz.
As letras de músicas como 'Recovery' e 'Rehab' faziam alusão aos seus vícios e, contra eles, Amy Winehouse perdeu a batalha no dia 23 de julho de 2011, aos 27 anos.
Amy Jade Winehouse veio ao mundo no dia 14 de setembro de 1983, em Londres, Inglaterra. Cresceu em uma casa de classe média e desde muito jovem sonhava em ter sucesso na música. Sua avó Cynthia alimentou suas ambições, já que ela mesma era uma ex-cantora.
(Foto: YouTube)
Quando Amy Winehouse tinha apenas 9 anos, seus pais se divorciaram, o que foi um desafio para ela. Mais tarde, aos 12 anos, candidatou-se a uma vaga na Sylvia Young Drama School, especializada em artes dramáticas.
Na foto: Amy com a mãe.
Aos 14 anos, Amy Winehouse já escrevia suas próprias músicas. No entanto, foi aos 16 anos quando surgiu sua primeira oportunidade. Um amigo dela, que também era cantor, deu sua demo para uma gravadora que procurava um cantor ou cantora de jazz.
(Foto: YouTube)
Graças a essa demo, aos 19 anos, Amy Winehouse conseguiu seu primeiro contrato com uma gravadora. Em 2003, apenas um ano depois, 'Frank' chegaria ao mercado. O primeiro álbum da cantora recebeu elogios do público e da crítica.
No início de sua carreira, Amy Winehouse ganhou a reputação de "garota festeira". No entanto, a verdade sobre seus problemas com substâncias logo viria à tona.
Todos os sonhos de Amy Winehouse pareciam virar realidade. Seu álbum alcançou o terceiro lugar nas paradas do Reino Unido. Infelizmente, apesar de todo o seu sucesso, Amy Winehouse sofria ansiedade no palco, diante de um público cada vez maior.
Amy Winehouse começou a frequentar pubs em Camden, um bairro boêmio de Londres, e em um deles conheceu seu futuro marido, Blake Fielder-Civil. Foi amor à primeira vista, mas também a sentença para a cantora, cujos hábitos já ruins tomaram um rumo ainda pior.
Nick Godwyn, que trabalhou com Amy Winehouse por seis anos e dirigiu três de suas turnês, falou sobre a mudança que viu na cantora em uma entrevista ao Times: “Amy mudou da noite para o dia depois de conhecer Blake. Sua personalidade se tornou mais distante e parecia que era devido às substâncias ilícitas. Quando eu a conheci, ela fumava m a c o n h a, mas achava que as pessoas que usavam drogas mais pesadas eram estúpidas. Ela costumava rir deles."
Mais tarde, no 'Jeremey Kyle Show' da ITV, Blake Fielder-Civil admitiu que foi ele quem apresentou Amy Winehouse às drogas pesadas. O uso ilegal de substâncias combinada com a natureza turbulenta do relacionamento do casal desviou a vida de Amy Winehouse dos trilhos.
Quando o segundo álbum de Amy Winehouse, 'Back to Black', foi lançado, a intérprete alcançou a fama internacional. Era 2006. Pouco depois, em 2007, Blake e Amy fugiram para Miami, Flórida (Estados Unidos).
A música 'Rehab', de 'Back to Black', foi um dos primeiros sinais de alerta para os fãs, em 2006. À medida que a fama da cantora crescia, também crescia sua dependência química. Os paparazzi só pioraram as coisas, documentando cada movimento da vida dela e de seu marido.
O casamento de Amy Winehouse foi uma montanha-russa, exibida nos tabloides dia após dia. Como se isso não bastasse, o casal foi preso, em várias ocasiões, por agressão e posse de diversas substâncias, entre outros motivos.
Amy Winehouse foi quem recebeu mais apoio, já que era a famosa do casamento. Em 2007, The Philadelphia Inquirer escreveu: "Ela tem apenas 24 anos com seis indicações ao Grammy, e está se precipitando no sucesso e no desespero, com um marido codependente na prisão, pais exibicionistas com juizo questionável e paparazzi que documentam com frequência seu sofrimento emocional e físico."
Em 'Back to Black', Amy Winehouse explorou seus problemas e deixou claro que não estava interessada em reabilitação. Correu o boato de que até mesmo seu próprio pai não queria que ela tomasse tempo para cuidar de si. Pelo disco, ela foi indicada a seis prêmios Grammy, dos quais ganhou cinco.
No entanto, seus problemas com a justiça a impediram de comparecer pessoalmente à cerimônia do Grammy de 2008. Amy Winehouse não conseguiu obter um visto para entrar nos Estados Unidos e teve que receber os prêmios de Londres.
Ao mesmo tempo em que ocorria a cerimônia do Grammy, seu marido estava na prisão por agredir o dono de um bar. Nesse mesmo ano, o pai da cantora revelou que ela tinha os primeiros sintomas do que poderia causar-lhe um enfisema.
Sua situação se deteriorava e ela foi parar na reabilitação em mais de uma ocasião. No entanto, apesar de suas tentativas, nunca conseguiu se recuperar.
Em 2009, Blake e Amy Winehouse se divorciaram. A cantora cancelou vários shows, inclusive o previsto para o festival Coachella. Quando 2011 chegou, ela mal trabalhava. Subia ao palco e não conseguia atuar, falar ou manter a verticalidade.
Um mês antes de sua morte, Amy Winehouse começou sua turnê de retorno, em Belgrado, na Sérvia. O desempenho foi desastroso. Ela apareceu no palco sob efeitos do álcool e foi incapaz de lembrar as letras de suas músicas ou o nome da cidade onde estava.
Ela tinha mais de 20 mil pessoas na sua frente. As vaias foram tão altas que forçaram a cantora a deixar o palco. Aquele seria o último show que ela faria em sua vida.
Enquanto isso, a médica de Amy Winehouse, Christina Romete, tentou, durante meses, incentivar a estrela a fazer terapia e procurar ajuda psicológica. No entanto, a cantora resistiu à ideia, e Romete se concentrou na sua saúde física. Receitou Librium, um ansiolítico que ajudaria também com os sintomas de abstinência que ela sofria.
Apesar de seus esforços, segundo sua médica, a cantora não conseguia ficar sóbria por mais de algumas semanas seguidas.
Na noite anterior à sua morte, Amy Winehouse ligou para Christina Romete para dizer que havia recaído novamente e que não queria morrer. Ela também pediu desculpas por desperdiçar o tempo da médica.
Nessa mesma noite, Amy Winehouse, em companhia de seu guarda-cistas, Andrew Morris (foto), assistiu vídeos no YouTube de suas primeiras apresentações. Em um documentário do Channel 5 sobre a morte da cantora, ele contou: "Ela estava me mostrando alguns vídeos em seu computador e cantava ao mesmo tempo. E então me disse: 'Uau, eu posso cantar', e eu disse: 'Você pode mesmo!"
O guarda-costas de Amy Winehouse planejou acordá-la às 10h da manhã seguinte, mas ela parecia estar descansando, então ele a deixou. Foi só às 15h que Morris percebeu que algo estava errado. Em uma declaração ao The Independent, disse: “Ela ainda estava dormindo, o que parecia estranho, já que estava exatamente na mesma posição, sem se mexer. Foi aí que eu decidi verificar, e, claramente, estava sem pulso..."
Em 23 de julho de 2011, Amy Winehouse faleceu devido à uma intoxicação alcoólica. O legista observou que seu nível de álcool no sangue era cinco vezes maior do que o limite legal para dirigir na Inglaterra.
Embora os fãs de todo o mundo tenham lamentado a perda repentina da estrela britânica, poucos ficaram surpresos. A morte de Amy Winehouse foi prenunciada por seu modo de vida.