Cidades brasileiras que são Patrimônio Material da Humanidade
Além de belezas naturais, o Brasil é repleto de história e cidades que se tornaram Patrimônio da Humanidade. O título é conferido pela Unesco, em reconhecimento pela importância do conjunto arquitetônico, cultural e pela manutenção da diversidade natural. Na galeria, confira quais são estas belezas!
Ouro Preto foi a primeira cidade brasileira a receber o título de Patrimônio Mundial, em 1980. Entretanto, seu tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aconteceu em 1938.
A concessão do título à cidade mineira deveu-se à preservação da sua essência, como o traçado urbano praticamente intacto, bem como obras arquitetônicas expressivas, como as igrejas de São Francisco de Assis, de Nossa Senhora do Pilar, da Conceição e do Carmo.
O título foi concedido à cidade em 1983. Olinda foi fundada pelos portugueses no século XVI e tem sua história ligada à produção de açúcar. Depois de ter sido saqueada pelos holandeses, foi reconstruída e teve seu tecido urbano central datado do século XVIII. A cidade possui harmoniosas construções, 20 igrejas barrocas, conventos e numerosos pequenos passos (capelas) imprimem um charme particular a todo conjunto.
(Foto: Unsplash / Secret Travel Guide)
Na cidade de Olinda, destacam-se o Mosteiro de São Bento de Olinda, construído a partir de 1586 e reconstruído a partir de 1654, no estilo Barroco, e a Catedral da Sé, com vista para o mar e interior repleto de detalhes em ouro e azulejos portugueses.
Situadas no coração dos pampas e cercada de vegetação típica do sul do continente sul-americano, as ruínas de São Miguel das Missões, no Brasil, as de San Ignacio Miní, Santa Ana, Nuestra Señhora de Loreto e Santa María la Mayor, na Argentina, são reminiscências impressionantes de cinco missões jesuíticas, construídas em território habitado pelos guaranis, durante os séculos XVII e XVIII.
O título foi concedido à cidade em 1985. No centro histórico da capital baiana, além de todo conjunto arquitetônico e preservação da cultura, é possível identificar alguns dos espaços públicos que formam um dos mais ricos conjuntos urbanos de origem portuguesa: a Praça Municipal, o Terreiro de Jesus, o Caminho de São Francisco, o Largo do Pelourinho, o Largo de Santo Antônio e o Largo do Boqueirão, todos conectados por coloridas ruas, ladeiras e becos.
(Foto: Unsplash / Marianna Smiley)
O Santuário do Bom Jesus dos Matosinhos, em Congonhas do Campo, foi reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco em 1985. O complexo começou a ser construído na segunda metade do século XVIII e é um um dos locais mais importantes para quem se interessa pelo barroco e rococó mineiro. É decorado com mais de 60 esculturas em pedra sabão, esculpidas pelo mestre Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Situada no coração do país, a capital do Brasil foi construída a partir do zero entre 1956 e 1960, tornando-se um marco na história do planejamento urbano. Com a arquitetura de Oscar Niemeyer e traçado urbanístico sob os cuidados de Lúcio Costa, a cidade expõe modernidade, harmonia e muita criatividade.
(Foto: Unsplash / Ramon Buçard)
O Parque Nacional da Serra da Capivara compõe um expressivo conjunto de testemunho das ocupações humanas antigas da América Latina. Em sua estrutura rochosa, é decorado com pinturas rupestres, algumas com mais de 25 mil anos.
São Luís do Maranhão foi fundada pelos franceses e ocupada pelos holandeses, antes do domínio português (final do século XVII). Sua estrutura é completamente preservada com ruas organizadas de maneira retangular. Entre as edificações mais significativas, estão o Palácio dos Leões, Catedral, Convento das Mercês, Casa das Minas, Teatro Artur Azevedo, Casa das Tulhas, Fábrica de Cânhamo e a Igreja do Carmo.
(Foto: Unsplash / Iara)
No século XVIII, a cidade mineira foi o maior centro de extração de diamantes do mundo. Ela ganhou o título concedido pela Unesco devido ao seu bom estado de preservação do traçado urbano e padrão arquitetônico.
O traçado urbano do Centro Histórico de Goiás é um exemplo do desenvolvimento orgânico de uma cidade mineradora, adaptada às condições da região. Sua arquitetura é modesta, porém formam um conjunto harmonioso, graças ao uso coerente de materiais e técnicas locais.
(Foto: Divulgação / Museus Ibram Goiás)
A Praça São Francisco é composta por um conjunto de edifícios que representam o período em que as coroas de Portugal e Espanha estiveram unidas, entre 1580 e 1640. Dentre suas construções mais emblemáticas estão a Igreja e o Convento de São Francisco, a de Nossa Senhora das Vitórias, a do Rosário dos Homens Pretos, a de Nosso Senhor dos Passos, o Conjunto Carmelita e o sobrado de Balcão Corrido da Praça da Matriz.
(Foto: Divulgação)
A natureza serve de moldura para tudo que envolve a cidade do Rio de Janeiro. Sendo a primeira área urbana do mundo listada pela Unesco, destaca-se por espaços como o Parque Nacional da Tijuca, o Jardim Botânico, a Baía de Guanabara, as montanhas do Corcovado, e, claro, o Cristo Redentor.
(Foto: Unsplash / Raphael Nogueira)
A construção do Conjunto Moderno da Pampulha foi ordenada em 1940, pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubtischek. O projeto da cidade jardim tornou-se um valioso monumento, fruto da criatividade do arquiteto Oscar Niemeyer, da sensibilidade do paisagista Roberto Burle Marx e do pintor Cândido Portinari.
Sua estrutura é composta de quatro edifícios articulados no entorno de um espelho d’água: a Igreja de São Francisco de Assis, o Cassino (atual Museu de Arte da Pampulha), a Casa do Baile (Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte) e o Iate Golfe Clube (Iate Tênis Clube).
O Sítio Arqueológico Cais do Valongo, localizado na antiga área portuária do Rio de Janeiro, recebeu o título de Patrimônio Mundial pela Unesco, como reconhecimento pelo seu valor universal e também como memória da violência contra a Humanidade. O cais foi contruído em 1811, e, por ali, passaram cerca de um milhão de pessoas escravizadas, durante cerca de 40 anos, tornando o porto o maior receptor de escravos do mundo.
Paraty e Ilha Grande são localidades que unem características naturais e culturais. A região costeira é uma das mais bem preservadas do Brasil e possui quatro áreas naturais protegidas da Mata Atlântica brasileira, um dos cinco principais focos de biodiversidade do mundo.
Historicamente, no final do século XVII, Paraty foi o ponto final do Caminho do Ouro, a rota de envio do ouro para a Europa. Seu porto foi o ponto de entrada de ferramentas e escravos africanos trazidos para trabalhar nas minas. O centro histórico de Paraty manteve seu projeto urbanístico do século XVIII e grande parte de sua arquitetura colonial, que data do século XVIII e início do século XIX.
(Foto: Unsplash / Guilherme Olimpio)
Ao longo de mais de 40 anos, o Sítio Roberto Burle Marx foi idealizado pelo arquiteto, paisagista e artista Roberto Burle Marx com o objetivo de criar uma “obra de arte viva” e um “laboratório paisagístico”, usando plantas nativas aliadas a ideias modernistas. O projeto foi iniciado em 1949 e influenciou o desenvolvimento de jardins modernos internacionalmente.