De ex-BBB a comentarista radical: Quem é Adrilles Jorge?
Conhecido por seu apoio ao governo de Jair Bolsonaro, o comentarista e ex-BBB, Adrilles Jorge, foi demitido da Jovem Pan após fazer um gesto associado a uma saudação nazista.
O fato se deu logo ao final de um debate sobre declarações antissemitas do ex-apresentador do Flow Podcast, Bruno Aiub, de 31 anos, conhecido como Monark.
As redes sociais se incendiaram e uma pergunta ficou no ar: mas, afinal, quem é Adrilles Jorge?
Adrilles Jorge tem 47 anos, é jornalista e escritor. Desde que se tornou figura pública, acumulou polêmicas e rejeições, seja na emissora a qual prestava serviços, a Jovem Pan, ou quando foi participante do BBB15.
Em 2015, participou da décima quinta edição do Big Brother Brasil. Sua eliminação aconteceu na décima semana, quando disputou um paredão com o participante, Cézar Lima. Na batalha, obteve 65% dos votos, o que na época, era um número bem expressivo.
Dentro da casa, foi protagonista de um episódio de preconceito contra o participante Luan. Em uma calorosa discussão, atacou o colega de confinamento: “Seu lugar é em outro confinamento, bandidinho”.
No mesmo dia, tentou se desculpar e se retratar com o colega de confinamento, alegando que estava muito nervoso.
Fora da casa, cultivou amizade com o apresentador do reality, na época, Pedro Bial, que o admirava. "Ele é um homem inteligentíssimo, cultíssimo e foi a única amizade que eu realmente fiz no programa. Nós falamos sempre", afirmou Bial a Ricardo Pierocini, do blog Pretexto.
Mas, a forma distinta de pensar dos dois fez com que a amizade caminhasse para cantos opostos. Segundo contou o ex-BBB no podcast Cortes do +1, Pedro Bial reprovou sua escolha política: "Um dia ele chegou para mim (e disse): 'você virou um defensor feroz desse genocida', aí eu falei: 'ah Pedro, é uma coisa meio infantil isso'.
Nos últimos anos, tornou- se comentarista da Jovem Pan, onde também se destacou por gafes e declarações polêmicas no programa ‘Morning Show’.
Por ser opositor ferrenho ao ex-presidente Lula (PT) e favorável ao presidente Jair Bolsonaro, ganhou o título de representante da direita na emissora.
Mas, nesse papel proferiu absurdos como por exemplo: negar o racismo, minimizar a escravidão, pregar a homofobia e ser contra o estado de lockdown durante a pandemia.
Também não media palavras ao ofender pessoas como o apresentador André Marques e criticar a cantora Marília Mendonça após sua morte, quando ela recebeu uma homenagem de Anitta no Grammy Latino.
Também disse, no programa, que o youtuber Felipe Neto “podia morrer", além de tecer comentários homofóbicos contra Thiago Abravanel.
"Vão me chamar de homofóbico, mas dane-se. O Tiago tá muito g a y. Ele não era tão assim", disse durante o programa. E continuou: "É um grande ator, ele era mais discreto. Não sou homofóbico, mas eu acho que ele tá forçando para falar a base LGBT".
Adrilles reagiu imediatamente à sua demissão nas redes sociais. Segundo ele, o gesto, interpretado por espectadores como uma saudação nazista, era apenas um "tchau".