Donna Summer: os segredos obscuros da rainha da música disco
Ela foi uma das artistas da música mais bem-sucedidas de todos os tempos, com mais de 100 milhões de discos vendidos. Conhecida por hits como 'Love to Love You Baby', 'Hot Stuff' e 'Bad Girls', Donna Summer, por outro lado, tentou manter sua vida pessoal em segredo.
Agora, 40 anos depois de seus primeiros sucessos, podemos saber mais sobre a cantora que vive eternamente na memória de seus fãs.
Foto: Unsplash - Jason Leung
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Em 2023, a HBO lançou o documentário 'Love to Love You, Donna Summer', co-dirigido por sua filha, Brooklyn Sudano, e pelo diretor e vencedor do Oscar, Roger Ross Williams (foto). O filme mostra imagens nunca antes vistas e tenta juntar as peças da vida da Rainha do Disco.
Sua colaboração com o pioneiro italiano da música eletrônica, Giorgio Moroder, mudou o cenário musical da época, bem como sua própria vida. Um bom exemplo disso foi a canção 'Love to Love You Baby', de 1975, que a levou à fama. A cantora revelou que Giorgio foi um dos primeiros homens bons que conheceu na indústria da música.
O executivo de sua gravadora estava tão entusiasmado com a canção, que solicitou a Summer e Giorgio Moroder que a estendessem. A versão final ficou com 16 minutos de duração e transformou-se em um sucesso mundial na cena disco.
Summer revelou que se inspirou em Marilyn Monroe para incorporar uma atmosfera sensual à música. Contudo, a faixa, que foi proibida pela BBC, supostamente contava com 23 o r g a s m o s e foi considerada muito ardente para ser transmitida.
Em 1975, Donna Summer contou à revista Time que sua faceta artística e sensual era “apenas uma personagem” e que sempre foi cristã. Ela revelou haver vivido uma fase conflitante e disse à Rolling Stone que tinha “muito mais a oferecer”.
Muitas das filmagens do documentário são gravadas pela própria Summer, que costumava levar consigo uma câmera, para fazer filmes curtos com sua família e amigos. De fato, Summer disse a Johnny Carson que havia montado um estúdio em sua casa.
Um ano depois de alcançar a fama, ela entrou em um relacionamento abusivo, com o artista Peter Mühldorfer, que a espancou até deixá-la inconsciente.
Embora sua vida parecesse um mar de rosas, ela lutava contra uma depressão grave e quase pulou da janela de um quarto de hotel, em Nova York. Na ocasião, seu pé ficou preso na cortina e uma funcionária conseguiu salvá-la. “Mais 10 segundos e eu teria ido embora”, disse Summer, em uma entrevista de arquivo, revelada no documentário da HBO.
Além disso, as cenas revelam que ela foi abusada pelo pastor de sua igreja. “Ele fez o papel do d i a b o”, disse o irmão de Summer, Ricky Gaines. “Foi um episódio crucial em sua vida.”
Originária de Boston, ela enfrentou o racismo desde a infância. Gangues de jovens brancos não apenas a insultaram, mas também a agrediram fisicamente. Uma cicatriz no rosto a deixou com sentimentos de "feiura" e "inadequação". Apesar desses desafios, foi a primeira artista negra a ter um vídeo exibido na MTV.
Em 1979, juntou-se a um grupo de oração, quando as coisas estavam muito difíceis para ela. “Os dias mais sombrios da minha existência foram no auge da minha carreira”, disse ela.
O sucesso comercial de Summer atingiu o pico em 1979, com o lançamento de 'Bad Girls'. Em 1980, ela casou-se com o cantor Bruce Sudano e teve mais duas filhas, Brooklyn e Amanda. Embora tenha lançado outro álbum de sucesso, 'She Works Hard for the Money', seu foco estava em sua família.
Desde o início, Summer foi muito querida pela comunidade LGBTQ+, tornando-se um ícone deste público. Entretanto, em algumas apresentações, fez declarações que causaram a indignação de seus fãs.
Como resposta, Summer apresentou-se em um concerto beneficente contra a AIDS e desculpou-se: "O que as pessoas fazem com seus próprios corpos é uma decisão pessoal."
Foto: Imitadores masculinos de Madonna, Cher e Donna Summer, 2010
O documentário revela que, depois disso, embora muitos a tenham perdoado por suas declarações inadequadas, Summer ficou verdadeiramente abalada por ter seu nome manchado daquela forma.
Em 11 de setembro de 2001, Summer estava em seu apartamento, perto de onde ocorreram os ataques terroristas, em Nova York. Anos depois, quando foi diagnosticada com câncer de pulmão, concluiu que era porque havia respirado gases tóxicos e poeira, decorrentes dos ataques.
Donna Summer morreu em 2012, aos 63 anos. Após sua morte, muitos artistas da indústria musical prestaram homenagens a ela. Quincy Jones escreveu: "A voz de Summer foi a pulsação e a trilha sonora de uma geração”.
Na ocasião, Beyoncé disse: “Ela era muito mais do que a rainha do disco, era uma cantora honesta e talentosa, com um talento vocal impecável”. O ex-presidente dos EUA, Barack Obama, lamentou que a indústria da música tenha perdido uma lenda tão cedo.
Além de seu inegável talento musical, Donna Summer destacava-se pela habilidade única de transmitir emoção e energia em suas apresentações, o que a consagrou como um ícone inigualável da música disco!
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