Drew Barrymore: de um passado dramático ao sucesso como atriz
"Experimentei bebida alcoólica aos 9 anos, comecei a fumar aos 10 e, aos 12, tomei substâncias ilícitas." Estas são as palavras da própria Drew Barrymore no seu livro autobiográfico 'Little Girl Lost' (1990).
Na galeria, você conhecerá a dramática história desta jovem atriz, nascida em Culver City, Califórnia (EUA), no dia 22 de fevereiro de 1975.
Filha de Jaid Barrymore (foto), uma ex-refugiada húngara, e de John Drew Barrymore, a atriz não soube lidar com o sucesso precoce a que chegou quando tinha apenas 4 anos.
Depois de alguns pequenos papéis no cinema, ela tornou-se, aos 8 anos, uma estrela, graças ao filme 'E.T. O Extraterrestre'. Prêmios, sessões de fotos e festas não faltaram. Um novo mundo abriu-se para a pequena Drew.
Quando a carreira da atriz decolou, surgiram muitas oportunidades, inclusive de festas noturnas, das quais passou a ser frequentadora assídua.
O livro 'Little Girl Lost' conta como seu comportamento era precoce para a sua idade. Ela bebia e usava drogas, a ponto de desmaiar, às vezes. Aos 13 anos, entrou numa clínica de reabilitação para reconstruir sua auto-estima.
Drew enfrentou momentos de muita solidão. Segundo contou à revista Vogue, sua mãe a forçou a entrar numa clínica psiquiátrica e foi visitá-la poucas vezes. Ao sair de lá, a jovem adolescente separou-se legalmente de seus pais.
"Os especialistas opinam que ela ficará melhor sozinha", disseram os jornalistas ao El Mundo, depois de entrevistá-la. "Foi uma experiência muito importante", confessou a atriz, "uma lição tranquilizadora e de muita humildade".
Na foto, posa com Steven Spielberg e Henry Thomas, nas comemorações dos 20 anos de lançamento de 'E.T.'.
O que aconteceu com Barrymore depois disso? Ela teve de ganhar a vida de outra maneira. "Fui obrigada a trabalhar como garçonete e limpar banheiros", contou à Vogue.
Mas Drew tentou retomar sua carreira de atriz. Fez inúmeros testes para participar de filmes e comerciais, mas, sem sucesso, parecia que os diretores de cinema a tinham esquecido.
Os únicos papéis que conseguiu naquela época foram em filmes de baixo orçamento, como 'A Conspiracy of Love' (foto) e 'Te Vejo Amanhã'.
No entanto, sua sorte mudou com a chegada dos anos 1990. Finalmente, ela voltou a participar de grandes produções. Em 1992, ela co-estrelou o filme 'Guncrazy', que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro.
Um ano depois, em 1993, ela estrelou 'The Amy Fisher Story', com apenas 17 anos.
Em 1994, o sucesso veio novamente. Neste filme, ela contracenou com as estrelas Madeleine Stowe, Mary Stuart Masterson e Andie MacDowell.
Este filme de terror entrou para a história. Foi um sucesso que marcou uma geração e mostrou que Drew voltava para ficar.
Em 1994, aos 19 anos, ela casou-se com Jeremy Thomas (foto), dono de um bar. Separaram-se três meses depois.
Também aos 19 anos, Drew Barrymore posou para a revista Playboy. Depois disso, ela contou à Vogue que recebeu um pacote do diretor Steven Spielberg: era uma saia longa e um bilhete que dizia "vista-se"!
Junto com a grande amiga Nancy Juvon, fundou a produtora Flower Films e se tornou uma das rainhas da chamada comédia romântica. O filme 'Nunca Fui Beijada' (foto) , é o melhor exemplo do gênero!
Aos poucos, Drew passou a ter uma vida mais equilibrada e uma rotina tranquila. Ela estava prestes a participar de um de seus maiores sucessos no cinema.
Foi um enorme sucesso de bilheteria. Com Cameron Diaz e Lucy Liu também como protagonistas, o filme teve uma segunda parte e trouxe Drew Barrymore de volta ao topo.
Em 2001, ela casou-se novamente. Desta vez, com o ator Tom Green. No entanto, o relacionamento durou apenas um ano e, em 2002, eles se separaram.
Após a separação, a atriz dedicou-se à carreira profissional. 'Donnie Darko', 'Como Se Fosse a Primeira Vez' ('A Minha Namorada Tem Amnésia', em Portugal) e 'Grey Gardens' são alguns de seus sucessos da época.
'Grey Gardens' rendeu-lhe ótimas críticas. No filme, ela interpretou Edith Bouvier Beale, e ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz.
Veio, então, uma época calorosa com merecidas comemorações. A atriz parecia deixar para trás um passado trágico e cheio de sombras.
E tudo isso com seu então parceiro, o ator Justin Long. Eles estiveram juntos entre 2007 e 2010 e, além disso, contracenaram em vários filmes.
Logo, em junho de 2012, casou-se com William Kopelman, e, em setembro do mesmo ano, nasceu sua primeira filha, Olive Barrymore Kopelman. Eles tiveram ainda Frankie, que nasceu em abril de 2014.
Em abril de 2016, Drew Barrymore e William Kopelman anunciaram sua separação devido a diferenças inconciliáveis.
"O divórcio pode parecer um fracasso", disse a atriz em entrevista à People, "mas com o tempo você aprende que a vida tem que continuar".
"Nossa família está legalmente separada, mas isso não significa, de forma alguma, que deixemos de ser uma família", concluiu.
Drew ainda teria muitos motivos para sorrir, ela estava prestes a estrelar uma nova série da Netflix. Em 'Santa Clarita Diet', lançada em 2017, ela deu vida à feliz Sheila Hammond que, da noite para o dia, tornou-se uma 'morta-viva' com uma dieta muito peculiar.
A série teve um sucesso relativo e durou apenas três temporadas. A Netflix decidiu cancelá-la e a atriz continuou sua busca por outro sucesso.
"Fiquei estupefata algumas vezes com a pergunta: 'O que você fará quando seus filhos procurarem você no Google?' Eu penso: Deus, isto parece uma acusação", disse a atriz em entrevista.
"Não vou fingir ser alguém que não sou. Vou mostrar como cheguei até aqui, é minha história", acrescentou Drew Barrymore, em entrevista ao El Mundo.
"Eu realmente vivi e fiz o que queria. Foi libertador. Nunca fui uma freira que vai dormir às 22h. Eu me divertia de verdade!"