Entenda os problemas de saúde mental do príncipe Harry!
Informações sobre a saúde mental do príncipe Harry surgiram, recentemente. Muitas, reveladas por ele mesmo, foram analisadas por especialistas, que deram seus diagnósticos. Veja, na galeria!
Em entrevistas recentes e no seu livro 'Spare', Harry não hesitou em falar sobre o histórico de seu passado e de sua relação com a família real britânica.
O duque de Sussex explicou ao mundo o porquê de estar sendo tão transparente com seus sentimentos e traumas pessoais. Ele chamou isso de "serviço aos outros".
Em conversa com o autor best-seller e especialista em traumas, Dr. Gabor Maté, o príncipe Harry disse que sua saída da realeza foi no momento em que ele não se sentia mais "retido".
Foto: Random House/Vimeo
O Dr. Gabor Maté é um renomado palestrante internacional sobre dependência, desenvolvimento infantil e relação entre estresse e doença. Ele foi rápido em usar essa experiência para diagnosticar o príncipe Harry.
O especialista sugeriu que o príncipe tinha uma série de distúrbios.
Entre eles, estavam o TDAH ( Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e o TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático), que se originaram principalmente na sua infância e juventude.
Harry perdeu a mãe, afirma ter tido falta de influência paterna e serviu na guerra do Afeganistão.
Outra especialista, Angela Karanja, apoiou o diagnóstico de Maté para a NationalWorld. Ela disse: "É evidente que Harry tem um trauma complexo, que é quando uma pessoa experimenta uma série de incidentes ou experiências adversas".
Ela, no entanto, acrescentou mais um fator à lista: "Esta é uma compilação de traumas de infância não processados e, em seguida, na idade adulta, quando ele tem que suportar ataques racistas sofridos por sua esposa".
O príncipe reconheceu que havia sido diagnosticado com TEPT por seu próprio terapeuta pessoal. Mas, em seu livro, 'Spare', Harry explicou que a condição não havia sido bem tratada.
Harry disse haver contado a seu pai os ataques de pânico e episódios de ansiedade que sofreu. O príncipe de Gales teria baixado a cabeça e dito: "Acho que é minha culpa. Eu deveria ter conseguido a ajuda que você precisava, anos atrás".
Charles enviou o filho a um médico, que, segundo o príncipe, queria receitar-lhe comprimidos, algo que Harry não aceitou.
"Mesmo com todo o meu trabalho com soldados feridos, com todos os meus esforços para ajudá-los, nunca percebi que eu mesmo era um soldado ferido. E minha guerra não havia começado no Afeganistão. Começou em agosto de 1997", disse o príncipe no livro.
O príncipe lembra, na série documental 'The Me You Can't See', que ele tinha muita raiva da morte não resolvida de sua mãe.
"Fiquei tão zangado com o que aconteceu com ela, e com o fato de que não havia justiça. Nada resultou disso. As mesmas pessoas que a perseguiram no túnel, a fotografaram morrendo no banco de trás daquele carro", disse o duque de Sussex.
Por causa desse trauma, o jovem príncipe desenvolveu ansiedade severa e teve ataques de pânico, por volta dos 20 anos, de acordo com o programa da AppleTV+. Ele chegou, inclusive a automedicarse, numa tentativa de encontrar sua própria saída.
"Eu estava disposto a beber. Estava disposto a usar drogas. Estava disposto a tentar e fazer as coisas que diminuiam o que eu sentia", admitiu Harry a Oprah, com quem apresentou a série.
Então, um dia, seu terapeuta o fez entender de onde vinha sua dor. Ele disse que Harry, muitas vezes, voltava ao "Harry de 12 anos".
Harry também reconheceu ter agorafobia, um transtorno intenso que causa medo em determinadas situações, principalmente perto de grandes grupos de pessoas.
"Eu era um agorafóbico, o que era quase impossível devido ao meu papel público", disse em 'Spare', conforme destacado pelo The Mirror.
Ele também lembra que "quase desmaiou" durante um discurso que "não pôde ser evitado ou cancelado".
Para o The Mirror, o psicólogo Gregory Jantz disse que a agorafobia, muitas vezes, apresenta sintomas como dificuldade para respirar, tontura, batimentos cardíacos acelerados, rubor, calafrios súbitos ou suor excessivo.
Angela Karanja concluiu. "Acredito que ele tem muitos traumas não processados. Você sabe que alguém se curou quando as experiências, embora reais, não têm mais uma influência negativa sobre o paciente."
"No livro, senti que lia sobre um Harry que ainda está zangado com os muitos incidentes que aconteceram em sua vida. É imperativo que ele chegue a um ponto em que abandone o domínio que essa dor tem sobre ele", disse a psicóloga.
Angela Karanja ainda enfatizou: "Do contrário, continuaremos a sangrar nos outros, porque as pessoas que sofrem machucam os outros."