Este prato típico tailandês pode levar quem o come para o hospital

Às vezes, dizemos que uma comida "é de morrer" quando a achamos deliciosa. No entanto, a expressão tem seu significado (quase) literal quando se refere a um prato típico tailandês: o koi pla.

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Este prato é responsável pela morte de 20 mil pessoas por ano. A hospitalização é o primeiro passo, mas a taxa de sobrevivência é muito baixa caso a infecção ocorra e uma cirurgia não seja realizada a tempo.

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A Tailândia é famosa por suas praias exóticas, arquitetura rica e culinária variada. Graças a isso, conseguiu se consolidar como um dos destinos turísticos mais populares do mundo. Grande parte de seu atrativo está em sua deliciosa e temperada culinária, que desafia os paladares com combinações de sabores únicos.

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O koi pla é uma das comidas mais emblemáticas da região de Isan, no nordeste do país. Menos frequentada por turistas convencionais, Isan atrai amantes da cultura. A região abrange 20 províncias e tem uma área comparável à metade da Alemanha.

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A região de Isan oferece vários pontos de interesse, como o lago Nong Han, conhecido como Mar de Lótus, o Parque Nacional Khao Yai, Huai Krathing com suas balsas de bambu, o Museu dos Dinossauros e o Templo Pa Phu Kon. Mas o principal atrativo da região é justamente esse prato perigoso.

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O koi pla é uma espécie de salada de peixe cru que, embora faça parte integrante da cultura gastronômica local, esconde um perigo mortal.

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O koi pla é feito com peixe de água doce do rio Mekong, e à primeira vista, tudo parece normal. No entanto, conforme aponta Infobae, o problema está em um parasita conhecido como fascíola.

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Fascíola é o nome popular da Fasciola hepatica e Fasciola gigantica, parasitas encontrados nos peixes crus usados para o koi pla.

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Esse parasita pode se alojar nas vias biliares humanas, causando inflamação e, em muitos casos, o desenvolvimento de um tipo letal de câncer conhecido como colangiocarcinoma ou câncer de vias biliares, segundo Infobae.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, em 2021, que mais de 2,4 milhões de pessoas em todo o mundo foram infectadas por esse parasita.

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E a região de Isan é a mais afetada, pois, segundo a OMS, tem a maior taxa de incidência de colangiocarcinoma no mundo.

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O cirurgião hepático Narong Khuntikeo perdeu seus pais devido a essa doença. Por isso, ele lidera uma campanha para conscientizar sobre os perigos do consumo de koi pla. Junto com uma equipe de médicos, cientistas e antropólogos, Narong tem percorrido o nordeste da Tailândia, realizando exames diagnósticos e divulgando informações para prevenir novas infecções.

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Apesar dos esforços, as raízes culturais em torno do koi pla permanecem fortes, já que para muitas pessoas de baixos recursos, esse prato é uma fonte acessível de alimento, e alguns o consideram uma tradição ligada ao destino, confiando na proteção de sua fé. No entanto, os especialistas insistem que cozinhar o peixe é a única maneira segura de eliminar o parasita.

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A comunidade médica tem intensificado os esforços para educar as gerações mais jovens. Estão implementando programas nas escolas e utilizando desenhos animados para explicar os riscos do consumo de peixe cru. As autoridades de saúde locais esperam que, com o tempo, essas iniciativas reduzam o impacto de uma doença que causa milhares de mortes anuais.

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Até lá, recomenda-se que turistas e residentes optem por alternativas culinárias igualmente saborosas, mas mais seguras. Afinal, por que arriscar a saúde quando é possível experimentar uma infinidade de pratos, como pad thai, curry tailandês ou sopa de leite de coco, que não apresentam riscos para a saúde?

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Durante uma viagem à Tailândia, optar por experimentar outras tradições pode ser uma excelente escolha. A cultura tailandesa é uma das mais antigas do mundo e, sendo o único país do sudeste asiático que nunca foi conquistado por outra nação, oferece uma autenticidade rica com influências chinesas e hindus devido à sua localização geográfica. Existem muitas opções interessantes disponíveis para explorar!

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