Personalidades brasileiras que morreram em acidentes aéreos

Em 13 de agosto de 2014, o Brasil perdia, de forma trágica, um dos políticos mais promissores da época: Eduardo Campos.

Candidato à presidência da República, Eduardo era o nome que concorria, ao lado de Marina Silva, com a ex-presidenta Dilma Rousseff.

Em plena campanha para o cargo, ele e sua equipe decolaram do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP).

Todos estavam a bordo da aeronave Cessna 560XL, que teve que arremeter e, depois, caiu no meio de uma área residencial do bairro Boqueirão, em Santos, no litoral paulista.

Além de Campos, o acidente vitimou mais outras seis pessoas: Pedro Almeida Valadares Neto, o assessor de imprensa Carlos Augusto Ramos Leal Filho (Percol), Alexandre Severo Gomes e Silva (fotógrafo), Marcelo de Oliveira Lyra (assessor da campanha) e os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha.

Na época, a investigação sobre os motivos do acidente foi arquivada. Segundo o site G1, “para o MPF (Ministério Público Federal), foi impossível determinar a causa exata do acidente por conta da inoperância ou ausência de equipamentos na cabine de comando do avião.”

Em julho de 2023, o irmão de Eduardo Campos, Antônio, em entrevista à Folha de Pernambuco, anunciou que vai entrar com um pedido de reabertura do inquérito. Ele acredita que o irmão não tenha sido vítima de um simples acidente aéreo.

Em busca de justiça pela morte do irmão, Antônio Campos afirmou: “O Brasil precisa saber a causa do acidente, se teve conotação política e se existe a real possibilidade de Eduardo Campos ter sido assassinado”.

E detalhou: “Juntamente com o perito Carlos Camacho, estou investigando o acidente desde o começo e vamos mostrar um inquérito baseado em novas provas, reunidas nos últimos seis meses, que são relevantes sobre o caso. Vamos apresentar todas as inconsistências produzidas no inquérito inconclusivo finalizado pela Polícia Federal”.

Infelizmente, os acidentes de avião são responsáveis por gerar muita comoção nas pessoas, sobretudo quando envolvem personalidades públicas.

O Brasil, talvez, nunca se recupere desta morte. Marília Mendonça estava em pleno auge de sua carreira quando subiu àquele avião, aos 26 anos de idade, com destino à cidade mineira de Caratinga.

Mas, infelizmente, a viagem não se finalizou e a aeronave caiu em um curso d’água próximo da rodovia BR-474, na cidade de Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, no oeste de Minas. A artista e outros quatro integrantes do voo não sobreviveram.

Em 1996, o Brasil chorou com a tragédia que encerrou a vida da banda Mamonas Assassinas. O avião em que os integrantes e a tripulação estavam chocou-se contra as encostas da Serra da Cantareira, no Norte da capital paulista.

O vocalista Alecsander Alves, o Dinho, o baixista Samuel Reis de Oliveira e seu irmão, o baterista Sérgio, o guitarrista Bento Hinoto e o tecladista Júlio Rasec haviam encerrado sua primeira turnê nacional e embarcariam para Portugal, onde a banda seria lançada.

O acidente matou ainda o piloto Jorge Luiz Germano Martins, o co-piloto, Alberto Yoshihumi Takèda, o ajudante de palco Isaac Souto e o segurança Sérgio Saturnino Porto.

Seu hit 'Jennifer' estava na boca do povo quando o cantor foi vítima de um trágico acidente aéreo. A aeronave onde estava caiu no povoado Porto do Mato, em Estância, na região Sul de Sergipe, em 2019.

No avião estavam ainda o piloto Linaldo Xavier e o copiloto Abrãao Farias, que também não resistiram.

A atriz brasileira Leila Diniz foi uma das 85 pessoas mortas no desastre do jato DC-8 da Japan Airlines, que caiu, em 1972, a 30 quilômetros de Nova Deli, quando se preparava para pousar.

(Foto: Wikipedia)

A atriz embarcou em Tóquio, fez duas escalas (Hong Kong e Bangcoc) e preparava-se para a terceira escala, em Nova Déli, na Índia, quando a aeronave colidiu a quilômetros do aeroporto.

(Foto: Divulgação /Acervo Pessoal)

Seis pessoas ainda conseguiram sair com vida do acidente aéreo que levava os jogadores, comitiva técnica da Chapecoense e jornalistas para o jogo contra o Atlético Nacional. A partida era a disputa da final da Copa Sul Americana e aconteceria na Colômbia.

A tragédia, que matou 71 pessoas, aconteceu pela falta de combustível na aeronave, que a levou à queda, próximo do aeroporto de Medellín (Colômbia).

O helicóptero que transportava o jornalista Ricardo Boechat (66 anos) colidiu com a parte dianteira de um caminhão que transitava pela rodovia Anhanguera. O acidente, que impressionou o Brasil, também fez vítima o piloto Ronaldo Quattrucci.

Segundo o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes, a queda foi provocada por falta de manutenção na aeronave.

O acidente com a aeronave que transportava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, aconteceu em Paraty, na costa verde do Rio de Janeiro, e deu-se ao tentar fazer uma aterrissagem.

Além do ministro, estavam na aeronave outras quatro pessoas, que também morreram. Segundo laudos periciais, a aeronave estava regularizada e em perfeito funcionamento. A tragédia atribui-se às restrições de visibilidade.

Um dos principais nomes da política brasileira, o deputado federal Ulysses Guimarães, morreu em 12 de outubro de 1992, quando o helicóptero em que viajava de Angra dos Reis (RJ) para São Paulo caiu em alto-mar.

(Foto: Divulgação / Câmara dos Deputados)

Além de Ulysses, outras quatro pessoas estavam no voo: sua esposa Mora; o ex-senador Severo Gomes, que também estava acompanhado de sua esposa, Maria Henriqueta e o piloto Jorge Comemorato.

(Foto: Wikimedia Commons)

No dia seguinte, as buscas na região conseguiram identificar o corpo de quatro vítimas, menos o de Ulysses Guimarães. O mistério sobre o destino de seu corpo permanece uma incógnita até hoje.

(Foto: Wikimedia Commons)