Por onde anda a ativista Greta Thunberg?
Ela tinha apenas 15 anos quando plantou-se na frente do parlamento sueco com um cartaz que dizia "Skolstrejk för klimatet" ("greve escolar pelo clima"). Greta Thunberg, em plena adolescência, decidiu protestar, cobrar medidas reais para a sobrevivência da humanidade.
As imagens daquele 20 agosto de 2018 rodaram o mundo e, a partir de então, Greta Thunberg passou a participar de conferências ao redor do mundo. Nelas, a jovem discursa, calorosamente, sobre a urgência de frear a crise climática.
Uma de suas mais recentes intervenções aconteceu no início de 2022, quando, ao lado de outros adolescentes, protestou contra a mineradora Beowulf, na Suécia.
Segundo The Gardian, a empresa britânica planeja criar uma mina a céu aberto em terras do grupo indígena Sami. Lá, vivem e pastoreiam as renas nativas, há milhares de anos.
Greta continua ativa na sua missão. De fato, em junho de 2022, publicou no Instagram uma foto em que aparece debaixo d'água, acompanhada pela legenda: "200ª semana de greve escolar".
Além disso, a ativista ambiental anunciou recentemente que lançará, em breve, um novo livro: 'The Climate Book' ('O Livro do Clima'). A obra contará com a colaboração de mais de 100 autores. Em 2019, Greta Thunberg publicou 'Nossa Casa Está em Chamas' ('A Nossa Casa Está a Arder', em Portugal).
Greta Tintin Eleonora Ernman Thunberg nasceu na Suécia, no dia 3 de janeiro de 2003. Ela tem Síndrome de Asperg, uma perturbação de espectro autista (PEA). Atualmente mora em Estocolmo, a capital do país.
Greta é filha da cantora lírica Malena Ernman e do ator Svante Thunberg. Na foto, posa, ainda criança, com sua irmã mais nova, Beata Ernman Thunberg.
Após seu primeiro protesto diante do parlamento sueco, Greta foi, todos os dias, à calçada do parlamento sueco, até as eleições gerais no país, em setembro de 2018. Outros adolescentes se uniram à causa que pedia ao governo baixar as emissões de carbono.
Quando as eleições suecas acabaram, Greta passou a protestar, em horário escolar, somente às sextas-feiras, o que levou estudantes de mais de 270 cidades do mundo a fazer o mesmo. A foto é de um protesto de 2018 em Amsterdam, na Holanda.
Greta Thunberg lançou o movimento 'Fridays For Future' com o objetivo de exigir medidas efetivas, por parte dos governos, para frear o aquecimento global e salvar o planeta.
Ela inspirou manifestações nas ruas do Brasil à Austrália, vários países dos quais tem visitado pessoalmente.
Greta Thunberg ganhou muita notoriedade depois do seu discurso na Convenção da ONU sobre Mudança do Clima (COP24), em dezembro de 2018: "Vocês falam sobre crescimento econômico verde e eterno porque têm muito medo de não ser populares (...) Não são maduros o suficiente para dizer as coisas como são. Esta carga vocês deixam pra nós, crianças. (...) Dizem que amam seus filhos, mas roubam o futuro deles."
Ao lado do biofísico Jacques Dubochet, Prêmio Nobel de Química, Greta participou do evento Smile For Future, na Suíça, em agosto de 2019. Cerca de 450 jovens ativistas de várias nacionalidades estiveram presentes nas conferências que discutiam temas climáticos.
A adolescente abriu o encontro dizendo que tem o objetivo de conscientizar as pessoas da situação ambiental atual, mas enfatiza: "É uma grande responsabilidade que eu e este movimento (de estudantes) não deveríamos ter".
A ativista participou também do Fórum Econômico Mundial, em fevereiro de 2019, onde também cobrou medidas aos políticos presentes: Fazemos greve porque já fizemos nossas tarefas, façam vocês as suas e escutem os cientistas (...) Quero que sintam o medo que sinto todos os dias e depois ajam!"
Um dos líderes mundiais mais influentes do século, o Papa Francisco, parabenizou e agradeceu a Greta Thunberg por suas reivindicações meio-ambientais.
Com uma maturidade pouco comum à sua idade, Greta também tem apoiado outras causas sociais. No seu perfil de Instagram, já publicou foto com a bandeira LGBT e escreveu #loveislove para homenagear o Dia do Orgulho em Estocolmo.
No Dia Internacional da Mulher, a ativista escreveu um texto nas suas redes sociais. "O Dia Internacional da Mulher não é um dia para celebrar. É para protestar e conscientizar sobre o fato de que as pessoas ainda estão sendo oprimidas ou tratadas de forma diferente por causa de seu gênero.", disse.
Greta não envergonha-se de assumir seu diagnóstico médico. Ela considera o fato de ser diferente a ter um "super poder". No Twitter, revelou que, antes de começar a greve escolar, não tinha amigos, e que foi no ativismo onde encontrou "significado em um mundo que às vezes parece superficial e sem sentido".
Na sua conta do Twitter, Greta respondeu aos que criticam sua aparência: "Quando os que odeiam perseguem sua aparência e diferenças, significa que não têm aonde ir. Então você sabe que está ganhando!"
Greta já estampou a c a p a de diversas revistas importantes no mundo. Entre elas a Time.
A Revista GQ também escolheu a ativista para compor sua matéria especial nesta edição.
No dia 14 de agosto de 2019, a ativista embarcou em um veleiro autosuficiente que saiu de um porto britânico com destino aos Estados Unidos, onde chegou 14 dias depois.
Para não emitir dióxido de carbono, a embarcação com a qual ela, seu pai e uma equipe viajaram funciona com painéis solares e turbinas sub-aquáticas para gerar eletricidade.
Ao chegar ao porto de Nova York, Greta aproveitou para falar sobre os incêndios na Amazônia: "É um sinal claro de que temos que deter a destruição da natureza."