O que aconteceu com Guilherme Fontes, depois de 'A Viagem'?

Alguns atores ficam carimbados na memória do telespectador por conta de um personagem. É o caso de Guilherme Fontes e sua inesquecível interpretação do personagem Alexandre, na novela ‘A Viagem’.

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

O ator estava fora dos holofotes desde 2019, quando viveu Norberto em ‘Órfãos da Terra’. Em 2023, retornou em grande estilo à TV, fazendo parte do elenco da aclamada série 'Os Outros’.

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Na trama de Lucas Paraizo, Fontes é empreiteiro do Rio de Janeiro, preso por corrupção. O personagem começa a temporada já atrás das grades, anos após a condenação.

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Em ‘Os Outros’, Guilherme Fontes trabalha ao lado de Drica Moraes e figura em uma das cenas mais quentes da série.

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Apesar de já haver passado quase trinta anos da primeira exibição de 'A Viagem', a figura do ator é sempre associada ao espírito do mal que atormentava os personagens da trama.

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Embora tenha perdido protagonismo desde então, ele continua ativo no mundo da ficção. Em setembro de 2021, apareceu em um filme de ação de Daniel Filho.

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Em 'O Silêncio da Chuva' (foto), Guilherme faz o papel de Ricardo, um executivo que é baleado no seu próprio automóvel. A obra estreou na plataforma de streaming Globoplay.

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Além de Guilherme Fontes, 'O Silêncio da Chuva' conta com outros grandes intérpretes como Lázaro Ramos, Cláudia Abreu e Thalita Carauta. Esta, por seu trabalho no filme, foi eleita Melhor Atriz no BRICS Film Festival, realizado na Rússia.

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Guilherme Fontes estreou na TV ainda muito jovem. Ele tinha 18 anos quando apareceu na primeira versão da novela ‘Ti Ti Ti’ (1985), ao lado de Malu Mader, Reginaldo Faria, Luís Gustavo e grande elenco.

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Logo depois da primeira novela, ganhou seu primeiro papel como protagonista no filme ‘A Cor do Seu Destino’ (1986), dirigido por Cacá Diegues, e em ‘Dedé Mamata’ (1987).

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Caiu na graça dos telespectadores ao interpretar o ousado e carente Rei na novela ‘Bebê a Bordo’, exibida entre 1988 e 1989. Na época, lançou a moda das bandanas na cabeça.

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Também conquistou o público na minissérie ‘Desejo’, de Glória Perez, estrelada por Vera Fischer, em 1990. Na trama, baseada em fatos reais e trágicos, ele era Dilermando de Assis, amante da esposa do escritor Euclides Cunha.

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Em 1993, deu vida a Marcos, o galã de ‘Mulheres de Areia’, sucesso absoluto na época. O personagem vivia em um eterno conflito com as gêmeas Ruth e Raquel, interpretadas por Glória Pires.

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1994 foi o ano de estreia de ‘A Viagem’. A história de Ivani Ribeiro foi um marco tanto na teledramaturgia, por se tratar de assuntos de cunho espiritual, quanto na carreira de Guilherme Fontes, que deu vida ao perverso Alexandre.

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Sua interpretação foi a mais marcante da trama,  reprisada várias vezes na TV, além de também estar disponível na Globoplay.

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Já nos anos 2000, na novela ‘Estrela Guia’, Guilherme Fontes e Sandy protagonizaram o beijo mais aguardado da época, através de seus personagens Tonny e Cristal.

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Apesar de a novela não ter alcançado o sucesso esperado, a cena, em si, teve grande audiência, por envolver uma cantora adolescente e ícone de uma geração.

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Os anos se passaram e Guilherme Fontes, esporadicamente, participava de algumas novelas como ‘Beleza Pura’ (2008), ‘Cordel Encantado’ (2011), ‘Além do Horizonte’ (2013), ‘Boogie Oogie’ (2014) e 'Órfãos da Terra' (2019).

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Mostrou que também tem talento por trás das câmeras quando, no final dos anos 1990, começou a dirigir o longa-metragem ‘Chatô, O Rei do Brasil', inspirado livremente no livro homônimo de Fernando Morais.

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O trabalho não avançou e, em 2014, Guilherme Fontes foi condenado a indenizar os cofres públicos por conta do valor que captou através da Lei Rouanet e da Lei do Audiovisual.

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A produção gerou muitos processos e ações judiciais contra o ator. Algumas situações foram arquivadas, outras resolvidas, mais de dez anos depois, quando finalmente o filme foi lançado.

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No fim de 2015 e depois de muita polêmica, finalmente, ‘Chatô, o Rei do Brasil’ chegou aos cinemas, mas foi recebido de forma apática pelo público.

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Entretanto, o filme agradou a crítica e conquistou alguns reconhecimentos como a condecoração da APCA (Melhor Diretor), cinco prêmio da Academia Brasileira de Cinema e três da ABC - Associação Brasileira de Cinematografia.

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De forma paralela ao trabalho, Guilherme Fontes dedica seu tempo aos filhos, Carolina (2005) e Carlos (2008), fruto do seu relacionamento com Patrícia Lins e Silva, com quem foi casado 13 anos.

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Além das imagens com os filhos, o ator faz questão de compartilhar seu apoio à vacinação contra a covid-19. No dia que chegou seu momento de receber o imunizante, comemorou: "Só esqueci de dar aquela corridinha em volta do salão como quem faz gol ou como quem chega à terra firme depois de longo inverno no mar revolto".

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E falando em cuidar de si, no seu perfil do Instagram, ele também revelou, que fez implante capilar, pois a queda de cabelo era algo que o desagradava há muito tempo.

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