Relembre o caso Daniella Perez, assassinada por Guilherme de Pádua

Morte
Indignação nacional
Carreira promissora
Entenda o caso
Abordagem
O crime
Fuga
Frieza
A descoberta
A motivação
Condenação
Na prisão
Segundo casamento
Terceiro casamento
Indenização
Vídeo
Série
Lançamento
Novas evidências
Problemas comuns no Brasil
Depoimentos
Machismo
Jornalismo
Diagnóstico
Luta de Glória
Morte

Guilherme de Pádua, o assassino cruel da atriz Daniella Perez, morreu, no último domingo (06), segundo o pastor Márcio Valadão. O ex-ator e pastor tinha 53 anos e sofreu um infarto fulminante em sua residência.

Indignação nacional

O crime cometido por Guilherme de Pádua  provocou uma onda de indignação no Brasil, que se solidarizou com a escritora Glória Perez e com o ator Raul Gazolla, mãe e marido da vítima, respectivamente.

Carreira promissora

Talentosa, bonita, alegre e dona de uma carreira promissora. Era assim como a atriz Daniella Perez era vista antes de ser morta por seu colega de trabalho, Guilherme de Pádua, e a namorada dele, Paula Thomaz.

Entenda o caso

Daniella Perez foi assassinada no Rio de Janeiro, no dia 28 de dezembro de 1992. Na época, ela e Guilherme de Pádua faziam par romântico na novela ‘De Corpo e Alma’, escrita por Glória Perez.

(Foto: Reprodução / HBO Max)

Abordagem

O então ator, com a ajuda da esposa, Paula Tomaz (grávida de 4 meses), abordou a atriz num posto de gasolina, onde foi violentada e de lá levada para um matagal, desacordada.

O crime

No local, Daniella levou 18 estocadas de tesoura na região do pescoço, coração e pulmão. Infelizmente, não resistiu aos graves ferimentos.

Fuga

Os culpados fugiram, entretanto, um transeunte achou a situação estranha, anotou a placa dos carros e entregou à polícia, que começou a investigar e fazer uma vistoria no local, quando encontraram o corpo da atriz.

Frieza

Na delegacia, Guilherme e Paula chegaram a consolar a mãe de Daniella e Raul Gazolla. A frieza foi tanta que ambos pediram para que os mantivessem informados sobre o enterro e desdobramentos do caso.

A descoberta

Finalmente, a polícia chegou ao nome de Guilherme de Pádua como assassino. Ele, em princípio, negou, mas, diante das evidências admitiu sua culpabilidade. Da mesma forma aconteceu com Paula Tomaz.

A motivação

Guilherme de Pádua teria ficado inseguro por perceber que seu personagem não estava em alguns capítulos da trama. Supondo que Daniella havia contado à mãe sobre suas investidas, sentiu que estava sendo diminuído por influência de atriz.

Condenação

O casal reivindicou o direito de só falar em juízo. Ao longo dos cinco anos até o julgamento, Guilherme de Pádua testou várias versões através da imprensa. Nenhum dos dois convenceu o júri, e ambos foram condenados por homicídio qualificado: motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.

Na prisão

Foi no cárcere, em maio de 1993, que nasceu o filho de Paula e Guilherme. O casal se divorciou ainda na prisão, após a mudança da versão de Guilherme para o crime, ao dizer que Paula também participou. Ambos saíram da cadeia antes, cumpriram apenas 7 anos de pena em 1999.

Segundo casamento

Guilherme de Pádua casou-se novamente com Paula Maia, 14 anos mais nova, e que havia conhecido na igreja que ambos frequentavam. Continuou ainda à sombra do crime, e, por diversas vezes, em entrevistas, entrou em contradições em suas declarações.

(Foto: Reprodução / RecordTV)

Terceiro casamento

Em 2014 separou-se de Paula e, em 2017, casou-se pela terceira vez, com a estilista Juliana Lacerda. Em dezembro do mesmo ano, tornou-se pastor na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.

(Foto: Reprodução / Instagram)

Indenização

No ano de 2016 foi condenado a pagar uma indenização de 500 salários mínimos à mãe de Daniella Perez, Glória Perez, e ao marido da atriz na época, o ator Raul Gazolla. Além disso, Guilherme ainda teve que arcar com as despesas de sepultamento e funeral de Daniella e com os custos processuais e honorários de advogados, valor estipulado em 10% sobre a condenação.

Vídeo

Em 2022, Guilherme postou um vídeo que gerou muita revolta na população. Na publicação, ele pedia perdão a Glória Perez e a Raul Gazolla.

Série

Segundo os comentários da publicação, não havia sinceridade e ele só teria feito o vídeo por conta da repercussão gerada pelo lançamento de um documentário sobre a morte de Daniella, na HBO Max.

Lançamento

A série documental ‘Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez’ foi lançada em 2022 e marcou os 30 anos do crime. A produção é baseada nos autos do processo e em fundamentos nunca conhecidos do público, porém apresentados pela mãe da atriz, Glória Perez.

(Foto: Reprodução / YouTube)

Novas evidências

Logo nos primeiros episódios, Glória Perez  identifica novas evidências do crime e rastreia testemunhas que ajudam a expor erros das autoridades no processo de solução do caso.

(Foto: Reprodução / YouTube)

Problemas comuns no Brasil

Com uma força impressionante e movida ao seu amor incondicional de mãe, a novelista trouxe à tona não apenas a sua dor, mas também problemas comuns relacionados com a Justiça do Brasil.

Depoimentos

As filmagens aconteceram no Rio de Janeiro e contaram com o depoimento de atores como Alexandre Frota e Fábio Assunção, familiares de Daniella, advogados e escrivães, além do ex-marido da atriz, Raul Gazolla.

(Foto: Reprodução / YouTube)

Machismo

A série foi dirigida por Tatiana Issa e Guto Barra (vencedores do Emmy) e dividida em cinco partes. Além do crime, ainda abordou alguns problemas estruturais como machismo e legislação.

Jornalismo

A repórter Glória Maria também foi entrevistada e disse em sua declaração: "Em mais de 40 anos de jornalismo, foi das coisas mais chocantes e monstruosas que eu vi na vida."

(Foto: Reprodução / YouTube)

Diagnóstico

Para a renomada psiquiatra, Anna Beatriz Barbosa, que também participou da produção, o diagnóstico é claro: "Você vê no Guilherme todas as características de um psicopata."

(Foto: Reprodução / YouTube)

Luta de Glória

A produção mostrou de forma detalhada a luta de Glória Perez por justiça. A escritora reuniu mais de 1 milhão e 300 mil assinaturas a favor de o Brasil tornar os homicídios qualificados em hediondos (inafiançáveis).