Integravam a mesma banda mas odiavam-se
No palco, os integrantes de uma banda parecem, quase sempre, totalmente introsados e parceiros. Mas nem tudo que reluz é ouro. Fora dos olhos do público, os músicos que trabalham juntos nem sempre se dão bem.
Algumas bandas tiveram que lidar com o ódio irracional de alguns de seus membros. Assim, vieram separações, brigas, processos e todo tipo de problema que ninguém podia imaginar.
Eles eram os reis do mundo nos anos 90. Pareciam irmãos, mas a história de atrito de Liam e Noel Gallagher é extensa e acabou com uma das melhores bandas da história.
O ponto final para o Oasis foi colocado por Noel Gallagher, em 2009, pouco antes de sair para tocar no Rock En Seine Festival, na França. Uma discussão nos bastidores terminou com a guitarra de Noel sendo quebrada, segundo a Radio X relatou, na época.
"É com tristeza e grande alívio que digo a vocês que deixo o Oasis esta noite. As pessoas vão escrever e dizer o que quiserem, mas eu simplesmente não poderia trabalhar com Liam outro dia mais". Assim foi a declaração de despedida de Noel Gallagher.
Conforme relatado pelo NY Post, Mick Jagger e Keith Richards nem conseguem se ver mais, atualmente. Em 'Life', a biografia de Keith Richards, ele aponta que, no palco, havia tanto cantores quanto atores.
A química deles era falsa, mas décadas de trabalho juntos tornaram algo natural. Longe dos olhos do público, Keith Richards riu dos atributos de Mick Jagger, entre outras sutilezas.
Eles viraram amigos, formaram uma banda e conquistaram a cena indie rock na virada do século XXI. Mas ambos eram muito diferentes. Um era quieto e introvertido, e o outro era um furacão.
Os problemas de Pete Doherty com diversas substâncias o afastaram da banda e do amigo, mas tudo ficou ainda pior quando ele invadiu a casa de Carl Barât para roubar, segundo o The Guardian. Pete Doherty foi cortado da banda.
Após mais de 10 anos, em 2015, Carl Barât e Pete Doherty lançaram um álbum e estão juntos desde então. Chama-se maturidade e saber perdoar.
Blink 182 arrasou na virada do século, com seu som pop-punk e gloriosos videoclipes, mas os egos falaram mais alto. Mark Hoppus queria fazer algo mais dançante alternativo, enquanto Tom DeLonge queria um som mais hardcore.
Ambos tentaram com +44 e Box Car Racer, respectivamente, e contaram com Travis Barker na bateria, mas não chegaram nem na sola dos pés de Blink 182.
E logo veio a decisão de Mark Hoppus de deixar a música e perseguir sua paixão: estudar OVNIs. Claro que tudo teve um final feliz porque a banda voltou em 2022.
Por um lado, Johnny era um republicano conservador. Por outro, Joey era liberal e democrata. Obviamente, colidiram. Mas as coisas pioraram quando Johnny casou-se, em 1984, com Linda Danielle, ex-parceira de Joey.
O ódio de Joey foi traduzido em uma música mítica: 'The KKK Took My Baby Away'. O caso atingiu tal calibre que Johnny nem compareceu ao funeral de Joey Ramone, em 2001. Três anos depois, ele morreu de câncer de próstata.
Obviamente, Linda Danielle acabou sendo apontada como Yoko Ono do The Ramones. No livro 'On the Road With The Ramones', Joey afirmou que o dia em que tirou a namorada de Johnny, destruiu o relacionamento entre a banda.
Stewart Copeland, baterista do The Police, chamava Sting de 'O Deus do Rock', o que dá uma ideia de onde vieram as tensões entre eles.
A inimizade chegou ao ponto de Copeland quebrar várias costelas de Sting com uma joelhada. Obviamente, a banda acabaria se desfazendo em meados dos anos 1980.
Eles foram fundamentais no boom do rock alternativo dos anos 1980 e 1990. Canções como 'Where Is My Mind?' e 'Here Comes Your Man' fazem parte da história da música. E conseguiram isso, mesmo com o fato de seu vocalista, Black Francis, e a baixista, Kim Deal, se odiarem.
A razão é que Kim Deal se sentiu negligenciada por Black Francis, que tinha quase total controle criativo da banda. A baixista vingou-se, formando The Breeders, com sua irmã gêmea, após a separação de Pixies, em 1993. Embora Kim Deal viesse a participar da turnê de reencontro da banda, em 2004, e permanecesse em 'Pixies' até 2013.
D'arcy Wretzky é uma das baixistas mais respeitadas do rock alternativo dos anos 90. E, apesar disso, em 1999, ela acabou saindo do banda devido a sua rivalidade com Billy Corgan.
D'arcy Wretzky admitiu à revista Rolling Stone que a natureza controladora de Billy foi a causa de sua partida. Sabe-se que o vocalista da banda era meticuloso em seu trabalho, mas não até que ponto.
Billy Corgan foi um pouco mais específico quando conversou com a revista Rolling Stones. Apontou James Iha, guitarrista da banda, como o responsável pela separação. Embora ele também dedicou estas palavras à publicação: "Ajudou o fato de D'arcy Wretzky ter sido demitida por ser uma viciada mesquinha que recusou ajuda? Não, isso não ajudou em nada a manter a banda unida."
Talvez a maior luta de egos da história da música foi a de Roger Waters e David Gilmour, que acabou no tribunal.
Segundo o que Nick Mason, baterista do grupo, disse à Rolling Stone, Roger Waters nunca respeitou David Gilmour, já que se considerava (e era) a principal mente criativa da banda, o que implicava o controle total da mesma.
Tudo piorou quando Roger Waters processou David Gilmour e Nick Mason, em 1986, pelos direitos intelectuais do Pink Floyd, considerando que ambos eram uma força criativamente esgotada.
19 de maio de 1965. The Kinks faz show no Pais de Gales quando Dave Davies, líder da banda, sugere ao baterista Mick Avory que ele toque com seus órgãos genitais, pois com certeza soaria melhor.
Avory responde acertando Davies com um prato, deixando-o inconsciente, e, depois, foge do show, pensando que o havia matado.
Embora a banda não tenha terminado até 1996, a relação entre Davies e Avory nunca mais foi a mesma, o que é obviamente normal depois dessa reação.