Jornada de trabalho de 4 dias na Espanha e em outros países

Trabalhar menos tempo
Iñigo Errejón é o idealizador
Software Delsol, empresa pioneira
Experimento com resultados positivos no Japão
Primeira-ministra da Nova Zelândia é a favor
Em Reikiavik não deu certo
Resultados contraditórios nos Estados Unidos
Suécia: custos elevados
Felicidad x economia
Mais consumo, mais viagens
Adeus ao trabalho do século XX
Jack Ma defende a jornada de 12 horas (6 dias por semana)
Uma vida livre de carga de trabalho
Trabalhar menos tempo

A jornada de trabalho é um conceito não questionado há muito tempo. Entretanto, na Espanha, existe, atualmente, no Congresso, uma proposta séria para que sua população passe a trabalhar um dia a menos e sem redução de salário.

Iñigo Errejón é o idealizador

O deputado do partido Más País, Íñigo Errejón, foi quem lançou a ideia e o Governo do país está disposto a estudá-la. Mas há, na Espanha, alguma empresa onde trabalhe-se quatro dias por semana?

Software Delsol, empresa pioneira

Software Delsol é uma empresa localizada em Mengíbar, no sul do país. Seus 180 empregados trabalham de segunda-feira à quinta-feira. Esta aposta forma parte de uma filosofía de flexibilidade que inclui homeoffice e que pretende aumentar sua eficácia. Entretanto, esta é uma das poucas no mundo adepta ao modelo.

Experimento com resultados positivos no Japão

Na Microsoft Japão, a semana de trabalho de quatro dias renderam, segundo a CNN, resultados positivos. Houve um aumento de 40% na produtividade e uma redução de gastos da empresa que, em eletricidade, foi de 23%.

Primeira-ministra da Nova Zelândia é a favor

Jacinda Ardern apoiou a jornada de trabalho de quatro dias com os seguintes objetivos: aumentar o bem-estar e a produtividade dos trabalhadores, para que possam ter mais tempo para consumir, viajar e, assim, relançar a economia do país, afetada pela pandemia. Funcionou parcialmente.

Em Reikiavik não deu certo

Na Islândia, a experiência não funcionou como o esperado. Um grupo de empregados públicos da capital do país, Reikiavik, trabalhou, durante um tempo, quatro dias por semana, mas isso não melhorou os resultados nem representou uma diminuição significativa de gastos. Entretanto, estes trabalhadores eram mais felizes.

Resultados contraditórios nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, várias empresas aderiram ao formato. A Shake Shack, franquia de comida rápida, viu seus dados melhorarem. Mas também está a Basecamp, empresa de software que desistiu da experiência, pois era impossível concorrer no mercado.

Suécia: custos elevados

A Suécia também implantou a jornada de trabalho de quatro dias para uma parte dos funcionários públicos, como, por exemplo, as enfermeiras. No lugar de eliminar um expediente inteiro, elas puderam trabalhar 6 horas ao dia. A satisfação pessoal aumentou e o número de mortes por doenças diminuiu. Por outro lado, alguns custos foram maiores.

Felicidad x economia

Existem economistas que não veem a mudança realista. Robert Skidelsky, por exemplo, diz, em um relatório divulgado pela BBC, que o modelo é ineficiente. Ele dá o exemplo da jornada de trabalho de 35 horas na França, criticada várias vezes pelas empresas. Já quem a defende, argumenta que a felicidade do trabalhador é um valor muito importante.

Mais consumo, mais viagens

Uma das supostas vantagens da redução dos dias trabalhados é o impulso em atividades de lazer e viagens. Entretanto, muitos questionam se os salários atuais são realmente suficientes para um dia extra de gastos.

Adeus ao trabalho do século XX

O debate está aberto na Espanha e no mundo. Trata-se de adequar o trabalho ao século XXI. Já são menos os trabalhadores como o da imagem e muitos os empregos que podem ser desenvolvidos sem nenhuma presença física ou dedicação absoluta.

Jack Ma defende a jornada de 12 horas (6 dias por semana)

O magnata chinês Jack Ma, fundador da Ali Baba, acredita que é preciso trabalhar mais tempo: "Trabalhar 12 horas ao dia e seis dias por semana é uma benção."

Uma vida livre de carga de trabalho

O fato é que trabalhar menos permitiria uma vida mais livre, ou seja, abandonar o formato onde o trabalho é o centro das nossas existências.