Leelee Sobieski, a estrela que trocou Hollywood por sua vocação secreta
No final dos anos 1990, uma jovem e magnética Leelee Sobieski, que ainda não havia atingido a maioridade, tinha Hollywood e o mundo inteiro a seus pés.
Ela foi descoberta por um caçador de talentos, em uma lanchonete, que a levou a fazer um teste para o elenco de 'Entrevista com o Vampiro' (1994), no qual uma sublime Kirsten Dunst assumiu o papel disputado.
Porém, nesse mesmo ano, Leelee Sobieski começou a trabalhar como atriz e, antes de completar 18 anos, (nasceu em junho de 1983), já era uma estrela em ascensão.
Ela fez parte de filmes de sucesso como 'Impacto Profundo' (1998), 'Nunca Fui Beijada' (1999) e 'De Olhos Bem Fechados' (1999).
Luc Besson, JJ Abrams, Tom Cruise e Stanley Kubrick marcaram presença em sua filmografia. Como se não bastasse, a atriz formou com Paul Walker um dos casais mais legais da virada do século, em 'Joy Ride' ('Perseguição', no Brasil), em 2001.
A cada filme que a atriz estrelava, transbordava carisma. O público a adorava e ela mal tinha 20 anos.
Surpreendentemente, Leelee Sobieski decidiu que queria seguir seu sonho, e não era ter sucesso na Meca do Cinema, coisa que já havia conseguido.
Ela mantinha uma paixão em segredo: a pintura.
Leelee Sobieski queria viver uma vida simples, longe das estrelas, dos tapetes vermelhos e das grandes multidões.
Por outro lado, ela não hesitou em mostrar seu lado fã, apesar de ser uma estrela. Revelou a Jay Leno que colecionava cabelos de celebridades, já que considerava um autógrafo “muito impessoal”.
Assim, quando considerou que era o momento, tinha uma carreira sólida e o respeito e admiração da indústria, decidiu largar tudo e desaparecer para virar uma pintora.
A mãe de Leelee Sobieski (na foto) foi produtora e roteirista de cinema, já seu pai, Jean Sobieski, era pintor.
Desde 2012, aquela sua imagem idealizada de perfeição, que conquistou milhões de pessoas, é uma lembrança do passado.
Foto: Instagram (@leeleekimmel)
Agora, é quase impossível saber sobre a atriz, a menos que saibamos seu novo nome: Leelee Kimmel, derivado de seu casamento com Adam Kimmel, designer de profissão.
Leelee Sobieski consolidou não só sua vida profissional como artista, mas também sua família. Ela tem dois filhos: Louisiana Ray (2009) e Martin (2014).
Um dos motivos que levaram Leelee Sobieski a deixar o cinema foram as cenas românticas. “90% dos personagens exigem muitas cenas picantes com outras pessoas e eu não quero fazer isso”, explicou à Vogue, em 2012. Nesse mesmo ano, ela rodou seu último filme.
Mais sincera foi sua entrevista a AnOther, em 2018, onde pareceu liberar os demônios que Hollywood a forçou a reter por quase duas décadas.
"As coisas ficaram complicadas para mim e assim que pude, desisti. É uma indústria meio imunda, você vende demais seus looks. Eu chorava toda vez que tinha que beijar alguém. Eu não aguentava. Por que meus beijos estavam à venda? Isso fez-me sentir muito barata", desabafou.
Ela também lembrou de como cobria o chão de seus camarins com plástico, para poder pintar, durante os intervalos das filmagens.
"P i n t e i em segredo. P i n t a r sempre foi meu objetivo e me distraía das coisas do trabalho e do pagamento das contas", disse à ArtNet, em 2018.
E continuou: "Não quero que meus filhos assistam a Netflix e me vejam nos braços de alguém que não é o pai deles".
Assim, Leelee Kimmel dedica-se, hoje, à arte, profissionalmente. Ele faz isso com grandes telas e criando uma realidade virtual.
Seus trabalhos já foram exibidos em Nova York, Paris, Xangai e na Coreia do Norte.
Algumas de suas obras, segundo o site especializado Invaluable, são leiloadas por cerca de US$ 80 mil. Um talento e tanto.
Em seu perfil do Instagram, é possível ver alguns de seus quadros, como este da foto.
Foto: Instagram (@leeleekimmel)
Ela está acostumada a criar obras de grande escala em que o abstrato, as cores fortes e a pureza se misturam, criando uma harmonia inesperada, mas reconfortante.
Foto: Instagram (@leeleekimmel)
Como ela própria admite, os seus quadros falam de criar, mas também de destruir. Eles representam a alma humana e muitos deles incluem mensagens pessoais tão abstratas que são imperceptíveis para o resto do mundo, mas que permanecem eternas para a artista.
Foto: Instagram (@leeleekimmel)