O que aconteceu com Paul Giamatti?
Para muitos, ele é um daqueles coadjuvantes eternos, que permanecem na memória depois de assistir aos seus filmes. No entanto, também o vimos em inúmeros papéis protagonistas.
Embora tenha sido na década de 1990 e primeira de 2000 quando fez mais papéis marcantes, Paul Giamatti continua ativo na carreira. De fato, em 2023, ele reapareceu no cinema, em grande estilo.
Giamatti mostra, uma vez mais, todo o seu talento no filme ‘Os Rejeitados’ (2023), no qual se reúne com um diretor com quem já triunfou em 2004: Alexander Payne.
Neste filme, o ator norte-americano interpreta Paul Hunham, um professor de uma escola secundária de Nova Inglaterra, cuja pomposidade e rigidez ninguém suporta. Na véspera de Natal de 1970, ele se vê obrigado a ficar em sua escola com um aluno problemático e uma cozinheira afro-americana.
Este novo filme nos transporta a 2004, quando Alexander Payne e Paul Giamatti colaboraram em 'Sideways', uma notável comédia dramática na qual atuou ao lado de Thomas Haden Church, Virginia Madsen e Sandra Oh. Naquela ocasião, o filme recebeu o Oscar, Globo de Ouro e BAFTA de Melhor Roteiro Adaptado.
No entanto, é na televisão onde Giamatti tem tido uma presença mais marcante nos últimos anos, com seus trabalhos em séries como 'Lodge 49' (2019, foto) e 'Billions' (2016-2022).
Também ouvimos sua voz em séries de animação conhecidas e bem-sucedidas como 'BoJack Horseman', 'Big Mouth' e 'Rick e Morty'.
Nos últimos anos, Giamatti apareceu em vários filmes que não alcançaram o mesmo destaque de seus sucessos anteriores: 'Morgan' (2016), ‘Private Life’ (2018), 'Jungle Cruise' (2021) e 'Gunpowder Milkshake' (2021).
Além desses filmes, ele também atuou em 'San Andreas 2', mais uma vez ao lado de Dwayne Johnson, e na série espanhola '30 Monedas'.
Após passar pela Yale School of Drama, onde estudou atuação com Earle R. Gister, Giamatti trabalhou em várias produções teatrais, algumas na Broadway.
Depois, consolidou sua carreira como ator em sucessos como 'Poderosa Afrodite' (1995) e 'Desconstruindo Harry' (‘As Faces de Harry’, em Portugal - 1997). No entanto, foi na comédia 'Private Parts' (1997) que ele teve seu primeiro papel de destaque, como Kenny 'Pig Vomit' Rushton.
Depois, ele trabalhou em quatro produções que acabaram elevando seu status no difícil mundo de Hollywood: 'O Show de Truman', 'O Resgate do Soldado Ryan' e 'O Negociador' em 1998; e 'O Mundo de Andy' ('Homem na Lua', em Portugal) em 1999.
O currículo construído como coadjuvante com muito esforço deu frutos no novo século com um grande número de papéis.
Um dos filmes notáveis em sua carreira é 'Anti-Herói Americano' ('American Splendor', em Portugal - 2003), dirigido por Shari Springer Berman e Robert Pulcini, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.
Depois de 'Sideways' (2004), seu primeiro trabalho com Alexander Payne, em 2005 ele protagonizou 'A Luta pela Esperança' ('Cinderella Man', em Portugal), baseada na vida do ex-campeão dos pesos pesados James J. Braddock. Giamatti interpretou Joe Gould, conquistando uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, além de vencer o Choice Awards e o Prêmio do Sindicato de Atores.
A primeira década dos anos 2000 foi marcada por dois papéis de destaque em sua carreira. Ele atuou como protagonista em 'A Dama na Água' (2006), dirigido por M. Night Shyamalan, e interpretou o segundo presidente dos Estados Unidos na minissérie de TV 'John Adams', dirigida por Tom Hooper.
Em 2010, estrelou o filme canadense 'A Minha Versão do Amor', ao lado de Dustin Hoffman e Rosamund Pike, desempenhando o papel de Barney Panofsky. Sua atuação rendeu-lhe seu segundo Globo de Ouro de Melhor Ator.
Durante esses anos de sucesso, ele acumulou um total de dois Globos de Ouro (por 'A Minha Versão do Amor' e 'John Adams'), quatro Prêmios do Sindicato de Atores (por 'Sideways', 'Cinderella Man', 'John Adams' e 'Grande Demais para Quebrar'), dois Critics Choice Awards (por 'Sideways' e 'Cinderella Man'), um Independent Spirit Award (por 'Sideways') e um Primetime Emmy (por 'John Adams'), entre muitos outros prêmios.
Na segunda década dos anos 2000, Giamatti continuou a aparecer no cinema com 'The Ides of March' (2011), '12 Anos de Escravidão' (2013), 'Walt nos Bastidores de Mary Poppins' ('Ao Encontro de Mr. Banks', em Portugal - 2013) e 'San Andreas' (2015), entre outros.
No âmbito pessoal, Paul Giamatti continua felizmente casado com Elizabeth Cohene, desde 1997. O casal reside em uma casa no Brooklyn, Nova York, e tem um filho, Samuel Paul, que nasceu em 2001.
Paul Giamatti provou ser merecedor de todos os prêmios e ainda pode ganhar muitos mais, tamanho talento e facilidade em se encaixar em qualquer papel.