Quem foi Jack, o Estripador? Estes eram os suspeitos!
O terrível assassino foi retratado em filmes e séries, mas o sujeito real é mais do que apenas um ícone do cinema. O que ele fez? Quem eram os suspeitos da polícia? Qual é a sua verdadeira identidade? Confira na galeria!
No outono de 1888, surgiu um misterioso serial killer, que atuou na área pobre do bairro de Whitechapel, no extremo leste de Londres.
Entre agosto e novembro de 1888, ocorreram cinco assassinatos brutais. Os crimes tinham tantas semelhanças que a polícia estava convencida de que era obra da mesma pessoa.
As vítimas eram todas mulheres que passavam por momentos difíceis e viviam abrigadas em pensões. Ocasionalmente, até venderam seus corpos para pagar a alimentação.
Uma carta enviada à Agência de Notícias de Londres foi assinada como "Jack, o Estripador". Acredita-se que foi escrita pelo verdadeiro assassino.
Depois que a polícia a tornou pública, o nome emblemático do autor ajudou a que os horríveis assassinatos chamassem a atenção do mundo. Três anos depois, em fevereiro de 1891, um total de 11 vítimas foram assassinadas na mesma área.
Um dos ataques mais terríveis ocorreu em 7 de agosto de 1888. O corpo de Martha Tabram foi encontrado em George Yard, na rua Whitechapel High. Ela foi atingida com 39 facadas na garganta, p e i t o e abdômen, assim como as vítimas posteriores.
Muitos suspeitos foram considerados ao longo dos anos. A maioria acredita que tenha sido algum profissional da saúde, outros, que os crimes seriam de autoria de um açougueiro ou caçador.
No inquérito da vítima chamada Annie Chapman, o Dr. George Philips, Cirurgião da Polícia Divisional, disse acreditar que o assassino a matou para poder retirar seu útero. Dr. Philips também afirmou que a habilidade e rapidez demonstradas na remoção desse órgão sugeriam que o assassino possuía um excelente conhecimento da anatomia humana.
O misterioso caso é alvo de muita especulação. Foram muitos os especialistas envolvidos para tentar desvendar o mistério. Mas cada um chegou a um suspeito principal diferente e a verdadeira identidade do assassino é, até hoje, desconhecida.
Existem muitas razões pelas quais a história de Jack, o Estripador, é tão macabramente fascinante. A verdade é que ele não foi o primeiro serial killer do mundo, mas provavelmente foi o primeiro registrado em uma grande metrópole.
Outra razão pela qual a história é tão fascinante é que todos os suspeitos foram descartados. A polícia realizou mais de 2 mil entrevistas e cerca de 300 pessoas foram realmente investigadas. Destas, 80 foram detidas sob custódia policial.
Cutbush teve uma infância difícil e, quando adulto, não conseguia ter um emprego estável. Em certa ocasião, empurrou seu empregador escada abaixo. Ele era suspeito, pois costumava isolar-se para ler livros médicos e, segundo reportagem do The Sun, sofria de "delírios mentais", que o teriam levado a matar.
O comissário adjunto do crime, Melville Macnaghten, admitiu: "Cutbush parece haver contraído sífilis por volta de 1888 e, desde então, leva uma vida ociosa e inútil. Seu cérebro parece ter sido afetado e ele acreditava que as pessoas estavam tentando envenená-lo."
A foto mostra a Mitre Square por volta de 1928. Foi aqui que Catherine Eddowes foi assassinada pelo serial killer, Jack, o Estripador, em 30 de setembro de 1888.
Mas quando Catbush foi internado em uma instituição, a história foi provada como falsa. Os documentos de admissão e todos os registros do asilo não mencionam qualquer doença venérea. Mesmo assim, o fato de Catbush ser parente de um chefe da Scotland Yard levantou a suspeita de que a polícia possa ter encoberto o caso. Nada foi provado.
O nome do barbeiro polonês veio à tona graças a Donald Swanson, bisneto do inspetor-chefe. Swanson era o oficial encarregado da investigação e apontava Aaron como o principal suspeito.
Uma cópia de 'The Lighter Side Of My Life' (foto) foi exibida no Museu do Crime, em New Scotland Yard. Na página final do livro estavam as anotações originais, feitas pelo próprio inspetor: "Kosminski é suspeito". Em 19 de abril de 1894, ele foi enviado para o Asilo Leavesden, de onde nunca mais saiu. Passou lá 25 anos de sua vida e morreu em 24 de março de 1919.
Os registros do asilo sugerem claramente que ele não era um perigo para os demais e sua única atitude violenta foi quando jogou uma cadeira em um atendente, em decorrência de uma grande frustração.
De acordo com os memorandos de Melville Macnaghten, "Michael Ostrog era um médico russo, detido posteriormente em um asilo para lunáticos. Os antecedentes deste homem eram do pior tipo possível, e seu paradeiro na época dos assassinatos nunca puderam ser determinados."
Ostrog recebeu uma dura sentença por um pequeno crime, mas nunca apareceu para apresentar-se à polícia. Isto fez com que o declarassem como "homem perigoso" e seu nome foi publicado no Diário da Polícia.
Embora Ostrog tivesse o perfil do assassino, não pôde ser acusado, já que ficou detido na "ala lunática" de uma prisão, durante dois anos, justamente na época em que os assassinatos ocorreram. Ele foi solto somente em 1890, depois que a maioria dos crimes tinham sido cometidos.
O advogado suspeito era de classe média, gostava de críquete e era filho de um cirurgião bem-sucedido. Não havia motivos de suspeita contra ele, até o dia em que morreu.
O fato é que, depois da morte de Cruitt, os assassinatos cessaram. Pior ainda, o próprio primo do falecido suspeito acreditava que ele era Jack, o Estripador, chegando a escrever um panfleto chamado 'O Assassino de Londres: eu o conhecia'.
Muitos acreditam que tentaram atribuir os assassinatos a Druitt para poder encerrar o caso, já que ele não poderia contestar a acusação. A única coisa que a polícia tinha contra ele eram as circunstâncias, mas não havia provas definitivas.
Tumblety autointitulava-se como um médico altamente qualificado, mas era amplamente conhecido como um farsante, que praticava fraudes como um profissional da saúde. Além de ser suspeito dos crimes do Estripador, ele morava perto do local onde ocorreram: uma pensão em Whitechapel. Também tinha um histórico de pequenos crimes e venda de p o r n o g r a f i a.
Foto: Wikimedia Commons
Na época, o detetive-chefe e inspetor, Littlechild, escreveu: "Entre todos os suspeitos, em minha opinião, o mais provável é o Dr. T, o charlatão chamado Tumblety."
Littlechild afirmou que Tumblety acabou com a própria vida e acrescentou: "O certo é que, desde sua morte, os assassinatos do Estripador chegaram ao fim". No entanto, registros mais recentes mostram que o homem não havia morrido e estava em Nova York.
Ninguém suspeitou de Maybrick, um comerciante de algodão de Liverpool, até 1992. Ele teve uma vida familiar bastante conturbada com seu irmão e sua esposa, mas ninguém o relacionou com os crimes até muitos anos depois.
Apenas em 1992, James Maybrick tornou-se suspeito, depois que foi descoberto um diário escrito por ele, no qual confessa seus crimes e assume a identidade de Jack, o Estripador.
No entanto, após um exame minucioso do diário, constatou-se que muitas das descrições dos crimes, na verdade, foram retiradas de relatórios da imprensa. O consenso geral é de que trata-se de uma falsificação.
Foto: O túmulo quebrado do suspeito de Jack, o Estripador, James Maybrick, no Cemitério de Anfield
Curiosamente, a autora Patricia Cornwell fez seus próprios estudos sobre o caso de Jack, o Estripador. Em seu livro, publicado em 2002, 'Portrait of a Killer - Jack the Ripper Case Closed', ela nomeou o assassino: Walter Sickert.
Foto: Wikimedia Commons / domínio público
Cornwell financiou testes de DNA dos selos que ela acreditava que seu principal suspeito havia lambido e os comparou com o DNA encontrado nas cartas do Estripador.
Mas ainda não há provas suficientes. Além disso, a família de Walter Sickert diz que, na época dos crimes, ele estava de férias na França.
Outro fator importante é que especialistas concluíram que a variação de gramática, caligrafia e ortografia em cada uma das cartas do Estripador deixa claro que nenhum autor poderia tê-las criado sozinho. Sem mencionar que duas das mortes ocorreram com 12 minutos de intervalo.
No caso de Cross, pode-se dizer que ele estava no lugar errado, na hora errada. Segundo os relatórios, Charles era um morador local que esteve em contato com mais de uma das vítimas assassinadas, tornando-se um suspeito potencial.
Foto: 29 Hanbury Street, a cena do crime da segunda vítima de Jack.
Há um forte indício contra ele: "Todos os assassinatos ocorreram entre sua casa, na Doveton Street, em Bethnal Green, e seu local de trabalho, na Broad Street, justamente nos momentos em que ele caminhava para o trabalho", escreveu o Daily Telegraph, em 2012.
Foto de 'O Inquilino'
David McNab, o produtor do documentário do Channel Five, examinou as evidências contra Charles Cross. Foi citado no Daily Express, como autor da conclusão: “O homem que cometeu esses crimes era alguém local. Somente um morador do bairro teria sido capaz de andar pelas ruas sem ser notado.”
A foto mostra um mapa de Whitechapel.
O especialista nos casos do Estripador, Edward Stow, disse: "A polícia, na época, procurava um indivíduo especial. Mas a maioria dos crimes tem um autor bastante comum. Cross passou por todas as cenas dos assassinatos em seu caminho para o trabalho. Ele é o melhor suspeito, até agora".