Bordões da 'Escolinha do Professor Raimundo' que ainda usamos

O começo
Os bordões
Professor Raimundo Nonato
Joselino Barbacena
Rolando Lero
Sandoval Quaresma
Dona Bela
Seu Eustáquio
Geraldo
Cacilda
Cândida
Marina da Glória
Seu Boneco
Ptolomeu
Aldemar Vigário
Bertoldo Brecha
Seu Peru
João Bacurinho
Zé Bonitinho
Samuel Blaustein
Suppapau Uaçi
Mallandro
Bicalho
Baltazar da Rocha
O começo

Criada em 1952 na Rádio Mayrink Veiga, a 'Escolinha do Professor Raimundo' levou para a sala de aula alguns dos maiores representantes do humor no Brasil.

Os bordões

Em 1988, passou a fazer parte do programa ‘Chico Anysio Show’, junto a outros quadros produzidos pelo humorista. No começo dos anos 1990, ganhou independência e entrou na grade de programação da emissora. A sua graça estava no formato, nos bordões e principalmente, em quem dava forma aos personagens.

Professor Raimundo Nonato

"E o salário, ó!" - Imortalizado pela genialidade de Chico Anysio, o professor Raimundo fazia de tudo para os alunos aprenderem, entretanto, tanta dedicação não compensava o que ganhava.

Joselino Barbacena

"Quando eu era criança pequena lá em Barbacena..." - Joselino Barbacena (Antônio Carlos) era tímido e sempre se escondia do professor. Contava histórias que remetiam a sua vida na cidade mineira e, claro, a nota zero era sua conquista.

Rolando Lero

“Amado Mestre…" - Quando o assunto era usar adjetivos, Rolando Lero (Rogério Cardoso) era impecável. Nunca sabia nada sobre a matéria e até se emocionava com determinados assuntos. O professor, comovido, dava uma ajudinha, mas ele piorava toda situação e o zero era certeiro.

Sandoval Quaresma

"Opa! Tá na ponta da língua!" - Vivido pelo saudoso Brandão Filho, Sandoval era até então um bom aluno, mas no fim das perguntas feitas, sempre se atrapalhava.

Dona Bela

"Só pensa... naquilo!" - É verdade que o tamanho de Zezé Macedo contribuiu para encenar e dar um ar mais pueril a Dona Bela. Menina pura e casta que julgava os outros por serem maldosos, mas, na realidade, tinha uma mente um tanto duvidosa.

Seu Eustáquio

"Qui queres?" - Vivido pelo mestre Grande Otelo, o Seu Eustáquio sempre recebia a ajuda da colega Cândida, que, ao revelar a resposta correta, pedia: "É (resposta), mas fala diferente!". Ele entendia errado e se dava muito mal.

Geraldo

"Geraaaaaaaldo!!!" - Tudo era levado para um duplo sentido. O personagem interpretado por Castrinho fazia uma alusão ao estereótipo do menino mimado.

Cacilda

"Beijinho, beijinho, p a u, p a u!" - Era a aluna n i n f o m a n í a c a da escola. Cacilda (Claudia Gimenez) não perdia tempo quando o quesito era cortejar todos os rapazes, principalmente, o professor. A personagem era uma paródia à apresentadora X u x a.

Cândida

"Ah, professor! Hoje eu vi..." - Interpretada por Stella Freitas, Cândida era a personagem que respondia tudo corretamente referente a outros países. Entretanto, quando chegava a hora do Brasil, era só lágrimas.

Marina da Glória

"Chamô chamô?" - Marina da Glória (Tássia Camargo) era a queridinha do professor, que se derretia quando ela levantava. Para ela, ele sempre encontrava um jeitinho de aceitar a resposta.

Seu Boneco

"Aí eu vou pra galera!" - Interpretado por outro filho de Chico Anysio, Lug de Paula, o personagem era um m a l a n d r o ansioso pela hora da merenda.

Ptolomeu

"Nem tanto, mestre" - É o mais inteligente da turma e enche o professor de orgulho, que até diz: "Queria ter um filho assim!". O personagem era interpretado por Nizo Neto, filho de Chico Anysio.

Aldemar Vigário

"Quem? Quem? Quem? Raimundo Nonato!" - O personagem era composto pelo inesquecível Lúcio Mauro. Aldemar sempre inventava histórias sobre um passado glorioso do professor Raimundo.

Bertoldo Brecha

"Veeeeeenha!" - É uma paródia ao poeta alemão Bertolt Brecht. Interpretado por Mário Tupinambá, Brecha não acertava uma e se irritava quando chamado de “Camarão”.

Seu Peru

"Estou porrrr aqui!" - Interpretado pelo querido Orlando Drummond, o personagem sempre dizia que grandes personagens da história eram como ele.

João Bacurinho

"Tamos aí!" -  João Bacurinho, vivido por Olney Cazarré, era um fanático torcedor do Sport Club Corinthians Paulista, e sempre usava uma camisa da Gaviões da Fiel.

Zé Bonitinho

"Câmera close!" - Ele tinha certeza que era o homem mais lindo do mundo. Seu visual peculiar esbanjava charme. Dizia ter preconceito contra homens e que eles lhe davam coceira.

Samuel Blaustein

"Fazemos qualquer negócio" - É um judeu que só pensa em lucro nem que para isso não tenha benefício nenhum com suas notas.

Suppapau Uaçi

"C´est Moá, Suppapou Uaçi, o g o s t o s o. Manda!" - O personagem trazia para a realidade indígena ações costumeiras do "homem branco". Resultado? A nota nunca passava de zero.

Mallandro

"No fundo, no fundo, ele queria ter um filho igual a eu" - Sérgio Mallandro vivia o seu sempre personagem de trabalho. Nele, acrescentou a personalidade irresponsável e a habilidade de inventar as mais esfarrapadas desculpas.

Bicalho

“Zerinho? Mas fiz o meu sonzinho” ou “Pelo menos, fiz o meu comercial” - A graça desse personagem era criar efeitos sonoros com a boca e fazer propaganda de um produto.

Baltazar da Rocha

"Que que há-lho?" - E como sempre, o programa terminava com as pérolas do Seu Baltazar da Rocha. O personagem era hilário porque conjugava os verbos de maneira própria e confundia-se inteiramente com o jogo de palavras.