Vida e morte trágica de Marie Fredriksson (Roxette)

Obrigada
Vida e morte trágica
O nome dela não era Roxette
Família humilde
Uma morte que marcou sua família
Primeira banda
E, de repente, Roxette
Look Sharp!
Número 1
Pretty Woman
Cabelo curto e tingido
Dominando os anos 90
Entre turnês e viagens, casamento e família
O fatídico 11 de setembro (2002)
Um ano de vida
Começar do zero
Música como terapia
Um retorno frustrado
Good Karma
Vida de sucessos e tragédias
Agora é eterno
Obrigada

"Obrigado por p i n t a r minhas canções em branco e preto com as cores mais bonitas". Esta foi a mensagem que Per Gessle dedicou a Marie Fredriksson, sua companheira de jornada do grupo de pop Roxette, quando ela faleceu, em 9 de dezembro de 2019.

Vida e morte trágica

O mundo ficou de luto quando Marie Fredriksson partiu. Poucos sabiam que, durante quase todo o século XXI, a cantora enfrentou um suplício de dores, analgésicos, operações e luta para continuar cantando. E se a morte de Marie Fredriksson foi trágica, sua vida não foi diferente.

O nome dela não era Roxette

A primeira coisa que deve ser esclarecida é que a cantora chamava-se Gun-Marie Fredriksson. A banda, sim, era Roxette e formada por ela por Per Gessle.

Família humilde

Marie Fredriksson nasceu em Össjö, na Suécia, em uma família humilde e sendo a caçula de cinco irmãos, como ela mesma contou em sua biografia: 'Listen to my Heart'.

Uma morte que marcou sua família

Incentivada por seu pai, ela aprendeu a cantar e tocar piano, além de compor suas próprias canções. Mas Marie Fredriksson logo aprenderia que sua vida não seria fácil, e isso aconteceu com o falecimento de Anna Lisa, uma de suas irmãs, em um acidente de trânsito.

Primeira banda

No final dos anos 1970, Marie Fredriksson formou Strul, sua primeira banda e, um pouco mais tarde, MaMas Barn. No estúdio onde ensaiavam, a artista conheceu Per Gessle, que conseguiu para ela uma audição com o produtor de Gyllene Tider, sua banda. Um único encontro foi suficiente para que a EMI lhe oferecesse um contrato.

E, de repente, Roxette

Em apenas cinco anos, Marie Fredriksson e Per Gessle já eram considerados os melhores artistas musicais da Suécia, competindo diretamente com o ABBA. Faltava dar o grande salto internacional, e a gravadora lhes indicou o caminho em 1986: formariam uma dupla e se chamariam Roxette.

Look Sharp!

Após o primeiro álbum, 'Pearls Of Passion' (1986), que passou despercebido, chegou 'Look Sharp!' (1988), que incluía faixas como 'Dressed for Success', 'Listen to Your Heart', 'Dangerous', e principalmente, 'The Look', o sucesso que lhes abriu as portas aos Estados Unidos.

Número 1

'The Look' alcançou o número 1 nos EUA em abril de 1989 e em outros 30 países. No total, venderam 30 milhões de cópias do single. Em apenas 3 anos, já haviam feito história, mas ainda tinham outra para escrever.

Pretty Woman

Além do mais, nesse mesmo ano, a Touchstone Pictures pediu-lhes uma música para incluir na trilha sonora de 'Pretty Woman'. Como estavam em turnê, Per Gessle enviou-lhes uma canção que tinha preparado para o Natal: 'It Must Have Been Love'. Sua música mais divulgada, uma história de cinema e eternamente associada à cena do beijo final entre Richard Gere e Julia Roberts. Foi número 1 em 20 países.

Cabelo curto e tingido

Roxette estava arrasando e Marie Fredriksson era uma verdadeira influenciadora da época, já que seu cabelo curto e tingido de loiro era conhecido como o 'Penteado Roxette' em todo o mundo. A dupla estava no auge e estava prestes a dominar boa parte dos anos 1990.

Dominando os anos 90

Ao longo da década, a dupla lançou quatro álbuns de sucesso: 'Joyride' (1991), 'Tourism' (1992), 'Crash! Boom! Bang!' (1994) e 'Have a Nice Day' (1999). Além disso, foi durante essa década que Marie Fredriksson se casou.

Entre turnês e viagens, casamento e família

Foi em 21 de maio de 1994, na Suécia, com o músico Mikael Bolyos, com quem teve dois filhos: Inez Josefin e Oscar Mikael. Uma vida pessoal que intercalava com viagens, turnês, promoções e gravações.

O fatídico 11 de setembro (2002)

Mas os anos 1990 se foram e o século XXI começou, marcando o início dos desafios da cantora. Por ironia do destino, em 11 de setembro de 2002, após um episódio de epilepsia, Marie Fredriksson caiu e fraturou o crânio.

Um ano de vida

No hospital, a artista foi diagnosticada com um tumor cerebral e lhe deram um ano de vida. Marie Fredriksson tinha 44 anos na época. Ela estava determinada a não desistir facilmente.

Começar do zero

O tratamento de quimioterapia deixou-a quase sem visão no olho e ouvido direitos, ela perdeu a memória de curto prazo e teve que aprender novamente a falar, ler e caminhar. Mas ela nunca duvidou e, a partir de 2004, trabalhou diariamente para superar esses desafios.

Música como terapia

Segundo relata em suas memórias, a dor era insuportável, mas a música era o que mais a reconfortava. Apesar de esquecer a letra de suas próprias músicas, em 2011 ela retornou aos palcos, em uma apresentação tão emotiva quanto memorável.

Um retorno frustrado

Dois anos depois, ela lançaria 'Nu!', seu primeiro álbum solo. E já em 2016, para celebrar o 30º aniversário de Roxette, a dupla anunciou uma turnê mundial que teve que ser cancelada devido ao estado de saúde da cantora.

Good Karma

'Roxette' conseguiu lançar 'Good Karma' (2016), seu décimo e último álbum, com o qual alcançaram a incrível marca de 75 milhões de álbuns vendidos.

Vida de sucessos e tragédias

Toda uma vida de sucessos e também de tragédias foi registrada pela jornalista Helena von Zweigbergk, que acompanhou Marie Fredriksson durante dois anos para escrever suas memórias, lançadas em 2019, o ano em que a artista faleceu.

Agora é eterno

Foi em 9 de dezembro de 2019 que, aos 61 anos, a voz de Marie Fredriksson calou-se para sempre. Seu amigo Per Gessle dedicou-lhe a bela balada 'Around the Corner', e o mundo chorou por uma artista que dedicou seu coração e saúde a um legado musical que já é eterno.