35 anos do acidente de Chernobyl: o que realmente aconteceu?

História de uma catástrofe mundial
Chernobyl, a série
Cenários reais
Ignalia, a 'irmã' de Chernobyl
Valeri Legásov, peça-chave em Chernobyl
Mais que uma bomba atômica
Mulheres cientistas
Boris Shcherbina
Evacuação tardia
Pripyat, cidade fantasma
Pripyat, destino turístico
Retrospectiva do acidente
A série que mostra os heróis de Chernobyl
Os liquidadores de Chernobyl
Radiação afetou milhões
Crianças de Chernobyl
Acidente marcou a história
Mikhail Gorbatchov
Homenagem às vítimas
As testemunhas do desastre
Sarcófago para conter radiação
A estrutura de contenção
Chernobyl atual
História de uma catástrofe mundial

A explosão de um dos reatores da usina nuclear de Chernobyl, em 1986, na Ucrânia, é um dos acontecimentos mais polêmicos e tristes da história. O acidente expôs o mundo inteiro a uma quantidade catastrófica de radiação e suas consequências perduram até hoje.

Chernobyl, a série

A série 'Chernobyl', da HBO, retrata o horror que aquela população viveu. Conta com uma nota de 9.6 no site IMdb, mais alta inclusive que a bem-sucedida 'Game of Thrones'. Da trama, a maioria dos personagens existiu na realidade e teve um papel crucial na gestão do acidente.

 

Cenários reais

O diretor Johan Renck ('Breaking Bad') começou a gravar a história em maio de 2018, em Vilna, Lituânia, onde foi recriada a cidade de Pripyat (Ucrânia).

 

Ignalia, a 'irmã' de Chernobyl

A central nuclear de Ignalia (Lituânia), desativada completamente em 2009 por ordem da União Europeia, também foi utilizada como cenário, já que é muito parecida com a de Chernobyl.

(Foto de uma sala de controle de Chernobyl / Gtres)

Valeri Legásov, peça-chave em Chernobyl

Um dos protagonistas da história de Chernobyl é o cientista Valeri Legásov que, na série, é interpretado por Jared Harris (foto). Com a ajuda de uma equipe de cientistas, foi o responsável de desenvolver diversas estratégias para que o impacto humano e ambiental da radição liberada na explosão não fosse ainda pior.

Mais que uma bomba atômica

Estima-se que o material radioativo liberado na catástrofe de Chernobyl foi 400 vezes maior que o das bombas atômicas explodidas em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.

(Foto de Chernobyl / GTres)

Mulheres cientistas

Em 'Chernobyl', a atriz Emily Watson interpreta Ulyana Khomyuk (foto). O personagem não existiu na vida real, mas a produção da série explica que ela representa todos os cientistas soviéticos envolvidos na gestão do acidente. Muitos destes profissionais eram mulheres.

Boris Shcherbina

Na série, o ator Stellan Skarsgård (foto) interpreta Borys Shcherbina, vice-presidente do Conselho de Ministros da União Soviética e responsável de gerenciar a crise causada pelo desastre nuclear de Chernobyl.

Evacuação tardia

Trinta e seis horas depois da explosão, o governo soviético ordenou, aos poucos, a evacuação da população que morava em torno a 10km de Chernobyl. E somente uma semana depois aumentou a área de exclusão para 30km. A cidade de Pripyat foi um dos primeiros lugares a serem abandonados.

 

Pripyat, cidade fantasma

Pripyat é uma cidade da Ucrânia, próxima à fronteira da Bielorrússia. Edifícios e hospitais ainda conservam objetos da época em que foi evacuada. Os cientistas estimam que a radioatividade no lugar só atingirá níveis seguros para a vida humana dentro de 900 anos.

Pripyat, destino turístico

Depois da série 'Chernobyl' estrear no mundo, o interesse por tudo que é relacionado àquele acidente nuclear aumentou. A cidade-fantasma de Pripyat começa a ser, inclusive, oferecida por agências de viagem como destino turístico.

Retrospectiva do acidente

A retrospectiva do que aconteceu horas antes da catástrofe, sobretudo na sala de controle do reator que a provocou, também é parte da série Chernobyl. As informações estão baseadas nas investigações realizadas pelos cientistas liderados por Valeri Legásov.

A série que mostra os heróis de Chernobyl

Quando o perigo do acidente passou a ser conhecido e aceito pelas autoridades, além das operações militares, milhares de civis foram convocados para ajudar na limpeza dos territórios contaminados. Vários destes heróis estão representados na série.

(Foto de tanques abandonados em Chernobyl / GTres)

Os liquidadores de Chernobyl

Aproximadamente 600 mil homens, entre bombeiros, militares, mineiros e voluntários, arriscaram suas vidas no trabalho para conter a radiação. Muitos morreram e outros adoeceram, principalmente de câncer.

Radiação afetou milhões

Segundo a ONU, cerca de 8,4 milhões de pessoas residentes nos países que formavam parte da União Soviética foram expostas à radiação. Além disso, toda a vegetação, lagos e vida animal foi afetada. A série 'Chernobyl' mostra personagens hospitalizados de maneira imediata.

(Foto: HBO)

Crianças de Chernobyl

Organizações como Chernobyl Childrens Project se preocupam em arrecadar fundos para as crianças afetadas pela radiação, inclusive muitos anos depois do acidente nuclear ocorrido em 1986. A foto (GTres) é de um evento beneficente de 2001.

Acidente marcou a história

O desastre nuclear de Chernobyl jamais vai ser esquecido. Na foto, o atual primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, condecora o liquidador Gennady Solodkov, em evento que lembrou os 25 anos do ocorrido.

Mikhail Gorbatchov

A União Soviética, liderada por Mikhail Gorbatchov, procurou minimizar a tragédia de Chernobyl e muitas informações só chegavam à população da região através de meios de comunicação ocidentais, como a BBC. Na série (foto), apesar de acreditar nos relatórios dos cientistas, o presidente é interpretado como um governante mais preocupado com a imagem do país.

Homenagem às vítimas

Familiares e vizinhos das vítimas do acidente nuclear de Chernobyl continuam expondo fotos e acendendo velas para homenageá-los.

(Foto: Gtres)

As testemunhas do desastre

Legasóv foi afastado da vida pública por comprometer a imagem da União Soviética ao revelar falhas cruciais em todos os reatores em funcionamento na região. Suicidou-se dois anos depois do acidente.

(Foto: HBO)

Sarcófago para conter radiação

Atualmente, a zona da usina nuclear de Chernobyl onde aconteceu a explosão está protegida por uma estrutura de ferro conhecida como 'sarcófago', inaugurado em 2016, para substituir o que já existia. O projeto custou 1,5 bilhões de euros e foi financiado pelo Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento.

(Foto: Gtres)

A estrutura de contenção

Imagem da construção da estrutura que cobre a zona do reator 4, da usina nuclear de Chernobyl, cuja explosão em 1986, continua liberando radiação.

(Foto: GTres)

Chernobyl atual

A central nuclear continuou funcionando até o ano 2000, devido à alta demanda de energia da região. Um dos reatores voltou a ser colocado em funcionamento para os trabalhos de construção do novo sarcófago, que protege a zona mais afetada do acidente de 1986.