Charlie Chaplin: por trás do sucesso, uma vida controversa
Um dos maiores atores, comediantes e cineastas de todos os tempos. Este é Charlie Chaplin, nascido em Londres em 1889 e cuja vida particular, no entanto, é cercada de controvérsias.
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Chaplin era um cineasta perfeccionista e exigente, ao mesmo tempo que controlador e manipulador. Também era apontado como grosseiro com colegas e especialmente cruel com as mulheres, que ele costumava humilhar, segundo meios como o History Channel e o The Guardian.
Grande parte dos escândalos de sua vida tem a ver com o seu relacionamento com mulheres, normalmente muitos anos mais jovens que ele.
O primeiro casamento de Chaplin foi em 1918, com a atriz Mildred Harris. Na época, ela tinha 16 anos e ele, 28, entretanto, quando o relacionamento começou, ela tinha apenas 14 anos.
Segundo o portal Terra, o divórcio de Mildred foi escandaloso, com ela acusando-o de "crueldade mental" e ainda com direito a uma briga de socos e pontapés com Louis B. Mayer, chefão da MGM e empresário de Mildred.
O segundo casamento de Chaplin, em 1924, foi com a atriz Lita Grey, quando ele estava com 35 anos e ela, 15. Eles se casaram no México, por causa da idade dela e porque ela já estava grávida, assim, ele poderia evitar ser acusado de ter tido relações não consensuais.
O divórcio veio em 1927 em uma batalha judicial amplamente divulgada. Os papéis da separação, com várias acusações fortes contra Chaplin, como a de que ele era um “marido cruel”, foram a leilão em 2015. Ao todo, o artista casou quatro vezes e teve 11 filhos.
O escritor Peter Ackroyd, biógrafo de Chaplin, escreveu no seu livro 'Charlie Chaplin' que ele teria levado cerca de duas mil mulheres para a cama e gostava de se gabar disso. "Elas eram praticamente descartáveis", publicou o autor.
Em entrevista para o documentário ‘The Real Charlie Chaplin’, o ator Michael Chaplin, o filho mais novo do artista, disse: “Eu era meio apavorado pelo meu pai. Ele era tão poderoso, você não podia contrariá-lo, porque ele nunca estava errado”.
O ator Marlon Brando, a quem Chaplin dirigiu no filme ‘A Condessa de Hong Kong' (1967) declarou em sua autobiografia 'Brando: Songs My Mother Taught Me': “Enquanto filmávamos, descobri que Chaplin era, provavelmente, o homem mais sádico que eu já conheci. Ele era um tirano egoísta e um avarento”.
Na época em que dirigia o filme ‘Luzes da Cidade’, de 1931, Chaplin ultrapassou todos os limites quando, ao longo de apenas duas semanas, fez a atriz Virginia Cherrill regravar a mesma cena 342 vezes.
A obra “Chaplin: uma Vida", do psiquiatra e professor da Washington School of Psychiatry, Stephen Weissman, revela que o artista sofria de sifilofobia passageira (pavor de contrarir DST), tomava até dez banhos por dia e desenvolveu o hábito de utilizar iodo nas partes íntimas para evitar doenças venéreas.
O seu envolvimento com política era extremamente tenso e visado, uma vez que tinham como fonte as críticas irônicas - mas sempre vistas com muita seriedade pelas autoridades - que havia em seus filmes.
Por causa do seu posicionamento político, Chaplin também começou a ser investigado pelo FBI, em nome do governo americano, sendo acusado de comunismo e de ser “antiamericano”. Documentos mostram que os Estados Unidos pediam que outros países fizessem o mesmo contra o artista.
Em 1952, enquanto estava em Londres para lançar o filme ‘Luzes da Ribalta’, soube que teria o seu passaporte cassado assim que entrasse nos Estados Unidos, como conta a BBC. Desta forma, decidiu não mais voltar àquele país e foi morar, com sua esposa, Oona Chaplin, na Suíça, onde ficou até seus últimos dias.
Com o envelhecimento, a saúde de Chaplin foi se deteriorando, e, em 25 de dezembro de 1977, ele morreu, em sua casa, na cidade de Corsier-sur-Vevey, Vaud, Suíça, aos 88 anos, após sofrer um derrame cerebral.
Mesmo depois de morto, Chaplin ainda levantou polêmica. Em 1978 uma dupla de poloneses desenterrou o corpo dele para pedir resgate à sua viúva, Oona O’Neill. Os sequestradores e o caixão com o corpo de Chaplin foram encontrados cinco semanas depois, quando o comediante, ator e diretor pôde ser novamente enterrado.
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