Assim era como Marlene Mattos tratava as Paquitas

Para Sempre Paquitas
Mais que ajudantes
Gerações
Bastidores
Exigência
Loirice em foco
Sem espaço de fala
Incisiva
Seria só incisiva mesmo?
Obsessão pela magreza
Demissão por gordofobia
Outras demissões
Também sou criança
“Do jeito que eu coloco, eu tiro”
Você é chata!
Polêmica com o livro
Marlene em fúria
Seriam traidoras?
Vítima no estúdio
Providências
Luciana Vendramini
Direito de resposta
Para Sempre Paquitas

O documentário do Globoplay, ‘Para Sempre Paquitas’, ajudou os fãs a matarem a saudade das ajudantes da Rainha dos Baixinhos, mas revelou acontecimentos controversos dos bastidores dessa função.

(Foto: Divulgação / TV Globo / Acervo)

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Mais que ajudantes

Foram três gerações de paquitas, cuja principal função era colocar ordem no público infantil, que participava do ‘Xou da X u x a’ e, posteriormente, no ‘Planeta X u. x a’ e ‘X u x a Park’.

(Foto: Divulgação / TV Globo / Acervo)

Gerações

As paquitas que ficaram mais conhecidas foram as que acompanharam a apresentadora no ‘Xou da X u x a’, exibido entre 1986 e 1992.

(Foto: Divulgação / TV Globo )

Bastidores

Os cinco episódios da série-documentário mostram não apenas o grupo em ação nos programas de TV e shows, mas, o tremendo sucesso que faziam.

(Foto: Divulgação / TV Globo / Arley Alves)

Exigência

Chama atenção o alto nível de exigência a que as paquitas eram submetidas, seja com relação a comportamento ou ao próprio corpo - há quem relate, por exemplo, bulimia, como consequência. Também há relatos de intrigas, demonstrações de inveja, rivalidade e até assédio moral vividos pelas adolescentes.

(Foto: Divulgação / Tv Globo / Acervo)

Loirice em foco

Para escolher novas meninas para entrar no grupo, eram realizadas grandes seleções, como os antigos concursos de miss, em que as candidatas precisavam mostrar desenvoltura no palco, saber lidar com crianças, ter tempo totalmente disponível até para viagens, além de ser bonita e loira como a própria X u x a - a exigência da “branquitude” da pele, ou seja, o racismo, também é mencionado no documentário.

Sem espaço de fala

Boa parte dos episódios é dedicada a revelar atitudes praticadas pela então diretora Marlene Mattos, responsável pela carreira de X u x a e das próprias Paquitas.

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Incisiva

Já no primeiro episódio, Heloísa Morgado, a “Paquita 2”, que trabalhou com X u x a ainda na TV Manchete, e hoje é psicóloga, recorda: “Não tinha espaço para reclamar. A Marlene era bem objetiva, incisiva”.

(Foto: Reprodução / Globoplay)

Seria só incisiva mesmo?

Outras revelações sobre a diretora do programa vieram à tona, como o fato de as paquitas serem tratadas aos gritos, receberem o “apelido/ alcunha” de “p * t i n h a s” e as altas cobranças em relação ao corpo - inclusive precisando ficar n u a s em frente à diretora, para mostrar que estavam bem. Também é mencionada a omissão da própria X u x a em relação a tudo que acontecia.

Obsessão pela magreza

Marlene Mattos era completamente obcecada pela magreza das meninas e até da própria X u x a. Ela não tinha receio algum de chamá-las de g o r d a s e ameaçar tirar-las do grupo por esse motivo. Foi o que aconteceu com Tatiana Maranhão, que, por estar com uns quilos a mais do que o idealizado por Mattos, foi demitida.

(Foto: Reprodução / Globoplay)

Demissão por gordofobia

“Marlene disse que não havia o que eu fizesse, que eu não ia conseguir chegar nesse lugar e que eu ia começar a me matar", contou Tatiana no doc. Ela então foi obrigada a se despedir do grupo, alegando que embarcaria em novos projetos profissionais e estava feliz. “Eu não estava nada feliz, tava mal por dentro”, desabafou.

(Foto: Reprodução / Globoplay)

Outras demissões

Também chama atenção a expulsão de Monique Siqueira, que se quer era oficialmente Paquita. Era uma menina que se vestia com as assistentes de palco e trabalhava como elas, mas sem nenhum vínculo.

(Foto: Reprodução / Globoplay)

Também sou criança

Um dia, no especial de fim de ano, enquanto havia a distribuição de brinquedos para as crianças, a paquita fake pegou um para si, pois entendeu que também era uma criança.

(Foto: Reprodução / Globoplay)

 

“Do jeito que eu coloco, eu tiro”

“Eu tenho uma tristeza muito grande disso tudo ter acontecido. Quando cheguei no camarim, estavam a minha mãe e a Marlene discutindo. Ela virou e falou: 'A partir de amanhã ela não vem mais. Do jeito que eu coloco, é do jeito que eu tiro'", relata Monique, no documentário, completando que por muitos anos se questionou o que teria feito de errado.

Você é chata!

Depois de passar por toda essa humilhação, Monique concorreu ao posto oficial de paquita passando por diversas seletivas e alimentada pela esperança que Marlene depositou no seu talento. Ao questionar a produtora sobre os concursos, ouviu: “Você não vai voltar. Você é chata.”

(Foto: Reprodução / Globoplay)

Polêmica com o livro

Outra polêmica está no livro escrito pelo então editor do “Xou da X u x a”, Henrique Schiller. Com o objetivo de serem notadas, já que sentiam que estavam sendo escanteadas, algumas paquitas embarcaram na ideia de fazer uma peça de teatro, no estilo “Confissões de adolescente” e convidaram Schiller para produzir. Ele, por sua vez, usou as entrevistas feitas com as adolescentes para escrever o livro “Sonhos de Paquita: nos Bastidores do Xou”, sem as devidas autorizações.

Marlene em fúria

No livro, o ex-funcionário da Globo conta histórias de bastidores, incluindo desentendimentos, o que deixou a diretora Marlene Mattos furiosa, sentindo-se traída, já que soube do projeto por um telegrama anônimo. O resultado foi uma demissão em massa, com oito paquitas deixando o grupo de uma vez.

(Foto: Reprodução / Globoplay)

Seriam traidoras?

A atriz e ex-paquita Juliana Barone foi uma das demitidas por causa do livro: “Saímos como traidoras!”, lembra, com certa tristeza. Também estão no documentário as histórias de assédio sofridas tanto por X u x a quanto pelas Paquitas.

Vítima no estúdio

A atriz Letícia Spiller, a Pituxa Pastel, foi uma vítima de assédio, por parte de um câmera do programa, no próprio estúdio. Ela relata:“Era um câmera de, sei lá, quantos anos, quarenta. Ele tinha aquela coisa de estar sempre paquerando, insinuando, de estar sempre não me deixando à vontade”. Na época, Letícia estava com 16 anos de idade.

Providências

Andreia Veiga também afirmou ter sofrido assédio s e x u a l: “Era uma pessoa grande dentro da televisão e a pessoa me segurou, me empurrou na parede, me deu um beijo e eu fiquei desesperada”. Ela completa dizendo que levou o problema a X u x a e Marlene, que tomaram as devidas providências.

(Foto: Divulgação / TV Globo / Manoella Mello)

Luciana Vendramini

O documentário também tira uma dúvida que muitos brasileiros têm: se a modelo e atriz Luciana Vendramini foi uma paquita ou não. O principal motivo do questionamento é que a atriz posou para uma revista masculina com o uniforme de Paquita, em 1987. O fato é que ela fez teste para se tornar a paquita “Catuxa”e era a grande favorita, entretanto, não foi  escolhida. A outra candidata, Ana Paula Guimarães venceu a competição.

Direito de resposta

Marlene Mattos não aceitou participar do documentário e X u x a afirmou que não sabia dessas coisas que as paquitas passaram. A apresentadora reconheceu que foi muito ingênua na mão da produtora, mas também omissa, muitas vezes.

(Foto: Reprodução / Globoplay)

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