‘Benching’, a nociva prática que você já deve ter sofrido em um relacionamento
Estar "no banco”: este é o significado literal de ‘benching’, outro termo que, infelizmente, se soma à longa lista de práticas desagradáveis em um relacionamento, nestes tempos de redes sociais e aplicativos de namoro.
Comparado ao 'ghosting', onde você lida com pessoas que desaparecem no ar, assim como os fantasmas, o 'benching' pode parecer mais inofensivo. No entanto, segundo vários especialistas, ainda mais prejudicial.
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Para poder identificar um possível ‘benching’ em nossas vidas, é preciso, primeiro entender em que este comportamento consiste exatamente.
Assim como acontece em uma partida de futebol, onde o treinador decide manter a segunda ou terceira escolha no banco, nos relacionamentos a prática de pausar as relações com uma pessoa com quem se está construindo um vínculo, transformando-a em uma reserva, está se tornando cada vez mais generalizada.
Normalmente, o “bencher” nunca considera a pessoa com quem namora suficiente, buscando, constantemente, novas oportunidades. E não desiste de nenhuma delas, em outras palavras, permanece "em cima do muro".
A principal característica de um bencher é a indecisão. O psicólogo-psicoterapeuta Luca Coladarci falou sobre isso à Vanity Fair: “Nestes casos, o bencher continua com o parceiro, mas com uma atitude sempre indecisa, incerta e flutuante; ele contemporiza e divaga, portanto, sobre tudo o que pode dizer respeito ao relacionamento sentimental".
Coladarci também descreve o estado emocional das vítimas do 'benching', que se transformam em “espectadores passivos”, completamente submetidos às decisões e ações realizadas pelo 'bencher'.
Nessas circunstâncias, segundo o psicólogo, a vítima sentirá ansiedade e frustração, relegada ao segundo lugar ou um “pneu sobressalente” e será forçada a implorar continuamente por atenção ou amor.
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Obviamente, a autoestima também será afetada, resultando em pensamentos de autoculpa, típicos daqueles que se tornam vítimas infelizes dessas práticas nocivas e prejudiciais.
Na revista Glamour, Tina Wilson, especialista em relacionamentos e fundadora do Wingman (aplicativo de namoro), se coloca no lugar de um "bencher", com uma visão um pouco mais “compreensiva”: “Não se engane, você gosta da pessoa com quem você está saindo, mas não o suficiente para oficializar o relacionamento, então você prefere mantê-lo como uma opção e ocasionalmente 'descartá-lo' até novo aviso."
Mas a especialista acrescenta: “Isso seria um sinal de alerta para qualquer parceiro, pois ser um plano B ou saber que pode ser abandonado a qualquer momento se não atender às expectativas [do outro] não é um caminho para a felicidade”.
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Um artigo publicado no portal Psychologytoday. fornece uma lista de sinais que podem indicar a ocorrência dessa prática.
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Por exemplo, quando a outra pessoa tem horários muito apertados e limitados, pode significar que você não é a “primeira escolha” dela. Também é importante ficar atento às mudanças de planos de última hora, pois talvez ela tenha encontrado “uma opção melhor”.
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As interações devem ser recíprocas. Se, no entanto, elas forem unilaterais e só você faz todo o trabalho, então talvez exista a possibilidade de que a outra pessoa o tenha “colocado no banco”.
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A pessoa pode dizer que quer que vocês sejam “apenas amigos” ou que “não está pronta para um relacionamento agora”, mesmo que esteja em todos os aplicativos de namoro que existem. É melhor não ignorar certas afirmações.
Além dos danos causados aos outros, é bom considerar que manter o parceiro "no banco", talvez para aumentar a sua autoestima, vai contra o propósito de qualquer encontro ou início de relacionamento: encontrar a pessoa certa. Uma atitude que, além disso, representará uma perda de tempo precioso tanto para o 'bencher' como para a vítima.
E por que o 'benching' dói mais do que o 'ghosting'? Respondemos com a declaração de Tina Wilson à Glamour: "[O benching] é um pesadelo sem fim. Pelo menos quando você é "ghosteado", embora seja doloroso, no final, você pode simplesmente seguir em frente, certo?"
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