Começa o Ano Novo chinês! Conheça tradições culinárias!
Nos lugares mais tradicionais da China, é comum a preparação de certos pratos para dar as boas-vindas ao Ano Novo. O que para muitos parece algo simples, para os chineses faz parte de uma cultura milenar. Confira!
(Imagem: Wikimedia Commons)
Durante esta época, é tradição levar tangerinas às casas das pessoas. A fruta simboliza saúde e riqueza para familiares e amigos. É tão requisitada que chega a ser difícil encontrá-la.
O nome tangerina em mandarim é muito parecido à palavra riqueza. Além disso, sua cor laranja remete ao ouro.
Este doce costuma ser preparado no sudeste asiático. Sua popularidade é tão grande que consolidou-se como lanche típico de outras culturas, como, por exemplo, a mulçumana da mesma região, durante o Eid.
Um artigo da Biblioteca Nacional de Singapura explica que a escolha da iguaria para receber o Ano Novo, na China, deve-se a duas razões. Primeiro porque seu sabor traz doçura à vida e segundo porque a palavra abacaxi é parecida com uma expressão que indica riqueza, no dialeto de Hokkien.
A Niangao (também conhecida como "Torta de Ano Novo") é feita de farinha de arroz glutinoso. É embalada com folhas de banana e comprada, dias antes, para que endureça e esteja pronta para ser consumida no Ano Novo.
O Niangao foi inventado na região chinesa de Suzhou, na Antiguidade. Originalmente, era um alimento consumido nos tempos de guerra. Ajudou a preservar o povo do Reino Wu, durante um período de fome, graças a uma ideia do primeiro-ministro da dinastia Wu Zixiu.
De acordo com o China Highlights, Wu mandou seus soldados cavarem um buraco debaixo das muralhas da cidade. Foi quando descobriram que os tijolos subterrâneos eram feitos de arroz glutinoso e podiam ser comidos.
Bak kwa ou Rou gan é uma das comidas mais saborosas do Ano Novo chinês. Trata-se de um prato de carne seca, geralmente de porco, conservada e marinada com açúcar e especiarias. Existem variações, a depender da região.
A origem do Bak kwa vem de Fujian e, segundo um artigo da National Library Board, a região reserva a carne só para ocasiões especiais. O South China Morning Post indica que o prato chegou a Singapura e à Malásia no século XV.
O Kueh bahulu é um bolinho muito parecido ao cupcake francês. É muito comum em casas de diferentes lugares de Singapura, Malásia e Indonésia, durante as temporadas festivas.
Surpreendentemente, o kueh bahulu não tem origem chinesa e sim malaia. A iguaria chegou à Malásia através dos portugueses e foi adaptada ao gosto local. Parecido com o Bak kwa, o Kueh bahulu é preparado na brasa, diferente da sua variante ocidental.
(Imagem: Singlong)
O Tang Yuan é uma sobremesa glutinosa de bolas de arroz, servida em uma sopa açucarada de gengibre. Pode ser comida sozinha ou com pasta de feijão vermelho, amendoins ou pasta de gergelim.
(Imagem: Taiwan News)
Simboliza a união e, segundo o KRCW, é imprescindível durante o último dia das festividades do Ano Novo Lunar Chinês: o 'Yuan Xiao', Festival das Lanternas. Acredita-se que traz felicidade, sorte e harmonia às famílias.
Kueh Bangkit é uma espécie de biscoito, típico do Ano Novo na China. É branco, doce e de textura quebradiça.
(Imagem: Bread garden)
De acordo com o Asia Tatler, o Kueh Bangkit era uma oferenda ancestral, com forma de barra de ouro, para que os mortos usassem como moeda na outra vida. Sua produção no Ano Novo deve-se a seu sabor e ao fato de poder fazê-lo em formas de símbolos chineses da sorte.
(Imagem: Bengawan Solo)
Doce originário de Beijing, feito com uma fruta silvestre, típica do hemisfério norte, coberta com uma camada de açúcar derretido, que endurece quando esfria.
O bingtang hulu é servido em um espeto, mas também na forma de biscoito. Esta última facilita o consumo em qualquer lugar, o que o tornou popular entre os jovens da China.
(Imagem: Amazon)
O Yum China diz que a origem do doce está na antiga Dinastia Song China. Era para ser um medicamento para a concubina do Imperador Song. Após sua recuperação, a fruta passou a ser consumida no país inclusive para ajudar na digestão.
(Imagem: Pixabay)