Fim da Daft Punk: relembre trajetória
O duo europeu de música eletrônica de maior sucesso do planeta decidiu separar-se. Autor de grandes hits como 'One More Time', apresentava-se fantasiado com roupas retro-futuristas e deixava fãs curiosos sobre sua verdadeira identidade.
Daft Punk foi formado em 1993, por Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo, dois amigos dos tempos da escola, nascidos em Paris (França), e que faziam música desde a adolescência.
Seus primeiros experimentos foram definidos por alguns críticos como "louco punk trash" ("daft punk trash"). A partir daí, seus integrantes decidiram titular o projeto de Daft Punk.
Em 1996, Daft Punk lançou 'Homework', álbum que incluiu seu primeiro sucesso: 'Da Funk'. Foi quando deixou de ser conhecida apenas nas raves a ser vista como banda da moda, de forma instantânea.
A consagração veio em 1999, com 'Discovery', que inclui a famosíssima 'One More Time', hino de todo clímax festeiro. No entanto, Daft Punk continuava sem mostrar seu rosto.
Em 2013, a música "Get Lucky", composta pelo duo e com participação de Pharrell Williams (foto) e Nile Rodgers, chegou ao topo das paradas de sucesso em vários países do mundo, entre eles Brasil, Austrália, Japão, Portugal e Estados Unidos.
Em 2017, Daft Punk dividiu o palco com The Weeknd, durante a 59 edição do Grammy music Awards, em Los Angeles, Califórnia. A performance foi da faixa “I Feel It Coming”.
Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo costumavam aparecer, em público, com seus capacetes galáticos. Pareciam robôs da causa eletrônica. Ao longo da sua carreira, concederam poucas entrevistas, cultivando, assim, seu enigma.
Nesta ocasião, em que compareceram a um evento em Hollywood, optaram por cobrir totalmente o rosto com uma malha e combinaram cartola e smoking.
Para a renomada revista Rolling Stone, os integrantes da Daft Punk explicaram que seus figurinos e a decisão de ocultar seus rostos faziam parte do conceito da banda.
"É para combinar as características dos seres humanos com as das máquinas", revelaram. Também reconheceram que fantasiar-se nos shows era uma forma de homenagear mestres como David Bowie e Kraftwerk.
Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo também admitiram haver considerado outro fator para usar os capacetes: a timidez. Assim como Jim Morrison, que cantava de costas nos primeiros shows da The Doors, sentiam-se mais cômodos escondendo seus rostos.
Além do sucesso sonoro, Daft Punk virou uma marca pop, que estampa camisetas como a usada pela influencer Kristina Bazan, na foto. O nome da banda também foi visto em peças de um desfile da Louis Vuitton.
O que o duo não esperava era que uma imagem dos seus rostos, em uma festa da Sony, vazasse na internet. Foi JPatt, integrante da banda The Knocks, quem a publicou no Facebook. Tempos depois, a revista TMZ flagrou ambos artistas sem capacetes, em Los Angeles.
Para que o Daft Punk pudesse alegrar os eventos com sua música, ao mesmo tempo em que despertava a curiosidade do público, muita tecnologia era usada no design dos capacetes, que também priorizava a comodidade. O criador dos acessórios é o artista gráfico Harrison Krix.
Ninguém sabe ao certo, pois a notícia chega através do vídeo 'Epilogue', de oito minutos, no qual um dos membros desaparece com uma grande explosão. Depois disso, o fim do duo foi confirmado por seu assessor de imprensa Kathryn Frazier.