Os estranhos bastidores de 'A Viagem': "Mexemos com uma energia muito forte"

Sobrenatural
Estela
Conexão
Sintonia
Além da interpretação
Cena
A voz
Sensível
Recordações
Borboleta
Delicadeza
Sucesso
Primeira versão
Livros
Alexandre
Assustador
Sobrenatural

Que ‘A Viagem’ (1994) foi um sucesso, todo mundo já sabe, entretanto o que pouco se comenta é que alguns fatos aparentemente estranhos aconteceram durante as gravações da novela.

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Estela

‘A Viagem’(1994) foi uma produção que marcou a carreira do elenco. Em entrevista para a revista Quem, em 2023, a atriz Lucinha Lins relembrou acontecimentos inusitados de quando deu vida a Estela, uma das personagens principais da trama.

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Conexão

Estela tinha uma conexão telepática com a irmã, Dinah, vivida por Christiane Torloni. Lucinha Lins revelou que existia uma dificuldade em fazer cenas em que ambas apenas se percebiam: "Alguém lia o texto, já que nós não falávamos nestas cenas. A nossa interpretação era toda facial e física.”

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Sintonia

“Nós tínhamos que mostrar para a câmera que estávamos conversando mentalmente. Isso era muito difícil de fazer. (...) Segurávamos no nosso olhar o que estava a ser dito e o resultado foi espetacular", explica Lucinha, que teve uma sintonia muito grande com Christiane.

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Além da interpretação

Segundo Lucinha, existia uma energia diferente nas filmagens: "Mexemos com uma energia muito forte nesta novela, que era sentida nos bastidores. Tem atores que entraram céticos e saíram dizendo que tinha alguma coisa que precisava ser estudada ali. Volta ou outra, havia uma sensibilidade em todos nós de uma energia pesada ou muito alegre e positiva.”

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Cena

A atriz também contou um episódio ocorrido em uma gravação: “ Lembro-me de uma cena boba, de três ou quatro frases, em que a Estela entrava com uma bandeja de chá e servia a Diná, que estava sentada no sofá. (...) Começamos a cena com as falas normais, mas do nada desenvolvemos um diálogo que não estava escrito.”

(Foto: Divulgação / TV Globo / Bazilio Calazans)

A voz

E a atriz seguiu o relato: “Uma cena de meia página transformou-se em uma página e meia. Conversamos sobre a cena, mas um texto que não estava escrito e fechamos a cena tomando chá, como previsto. Veio uma voz da direção: 'Posso cortar?'. Olhamos uma para a outra sem entender nada. Fizemos uma cena que não sabíamos que tínhamos feito."

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Sensível

Outra cena que, segundo a atriz, marcou o trabalho foi  a do momento em que Alexandre, personagem vivido por Guilherme Fontes, vai ser cremado. Toda a equipe e os atores estavam sensibilizados com a dor real de Torloni, que remetia o ritual ao que viveu, na vida real, com a perda do filho, Guilherme, aos 12 anos, em um acidente de carro.

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Recordações

Lucinha contou: “O Alexandre foi cremado assim como o filho de Chris. Foi uma cena duríssima de fazer. Todos nós estávamos de coração partido, sabendo que ela estaria revivendo um momento duríssimo da vida dela.”

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Borboleta

Então relatou: “Não pergunte como, mas dentro do estúdio fechado, com ar refrigerado ligado, entrou uma borboleta amarela voando bem na hora em que a gente ia começar a gravar. Ela posou na ponta do caixão, na frente da Christiane. Tivemos que parar a cena.”

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Delicadeza

“Essa borboleta rondou a Christiane várias vezes e pousou nela, que teve uma crise de choro atrás do cenário. Todos chorávamos pela cena em si e pelo que o nosso coração sentia, diante do que a Christiane estava vivendo. Essa borboleta foi de uma delicadeza. Foi um alento para todos nós", recordou para a reportagem da revista Quem.

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Sucesso

‘A Viagem’ emociona até hoje. A novela, que foi a trama das 19 horas (no Brasil) mais assistida nos anos de 1990, foi um remake de uma produção exibida em 1975, pela TV Tupi.

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Primeira versão

Participaram da primeira versão nomes como o de Eva Wilma no papel de Dinah, Altair Lima como César Jordão, Tony Ramos dando vida a Téo e Ewerton de Castro interpretando o temido Alexandre.

(Foto: Wikimedia)

Livros

O público envolveu-se tanto com o Espiritismo que, segundo pesquisa da época, houve um aumento de 50% na venda de livros sobre o tema.

(Foto: Divulgação / Acervo / TV Globo)

Alexandre

O ator Guilherme Fontes deu vida a Alexandre, o vilão da trama, que, além de cometer crimes, s u i c í d a-s e, e, por isso, é obrigado a passar por diversas provações para atingir sua paz. Acontece, que, antes disso, ele atormenta a vida das pessoas na terra, principalmente seu irmão Raul (Miguel Falabella), seu cunhado Téo (Maurício Mattar) e o advogado Otávio Jordão (Antonio Fagundes), pessoas que ele considera culpados pelo seu destino trágico.

Assustador

A interpretação dada por Guilherme Fontes a Alexandre foi tão intensa que ele entrou para o rol dos personagens mais assustadores da teledramaturgia.