Os fascinantes mistérios da antiga cidade maia, Chichén Itzá
A antiga cidade de Chichén Itzá é o maior sítio arqueológico da civilização maia, onde viveram os índios mesoamericanos, na Península de Yucatán, no México.
Além de ser uma das atrações turísticas mais populares do mundo, El Castillo, como é conhecida a piprâmide que vemos na foto, esconde um sítio arqueológico ativo, onde há novas descobertas, a cada ano.
Há alguns registros que sugerem que a cidade foi fundada entre 415 e 435 d.C., mas outros mencionam 455 d.C. como a data de sua fundação.
O que se sabe sobre a fundação de Chichén Itzá é que ela foi construída perto de dois cenotes naturais, que são poços de águas profundas, alimentados pela filtragem da chuva e das correntes fluviais. Foram essas cavidades que deram o nome à cidade, de acordo com a Convenção do Patrimônio Mundial da UNESCO.
Crédito da foto: Wiki Commons por Dronepicr - Trabalho próprio, CC BY 3.0
Chichén Itzá significa “à beira do poço do Itzá”. Os cenotes em torno dos quais a cidade foi construída ajudaram as pessoas que ali viviam a explorar as águas subterrâneas da região, ajudando a cidade a prosperar.
Crédito da foto: Wiki Commons By Uspn - Trabalho próprio, CC BY-SA 3.0
O History Channel observou que o assentamento de Chichén Itzá tornou-se “um centro significativo de atividade política e econômica na cultura maia, por volta de 600 d.C.”. Entretanto, apenas várias décadas depois, é que evoluiu para a configuração que conhecemos hoje.
Crédito da foto: Wiki Commons Por Keith Pomakis - Trabalho próprio, CC BY-SA 2.5
Chichén Viejo foi a primeira cidade a emergir na região que, hoje, chamamos de Chichén Itzá. Ela exibia uma diversidade de monumentos e construções notáveis, erguidos entre os séculos VI e X.
Crédito da foto: Wiki Commons por HJPD - Trabalho próprio, CC BY-SA 3.0
A cidade só tomou a forma atual com a migração dos guerreiros toltecas para a região, durante o século X. O rei Quetzalcoatl, de Tula, também conhecido pelos maias como Kukulkan, dominou a área de Chichén Itzá entre 967 d.C. e 987 d.C.
Crédito da foto: Wiki Commons por Jose Maria Obregon
“Após a conquista de Yucatán, emergiu um novo estilo de vida que mescla as tradições maias e toltecas”, explicou a UNESCO, em seus escritos sobre o patrimônio mundial. “Chichén Itzá é um retrato claro desta fusão”.
Crédito da foto: Wiki Commons por Luidger - Trabalho próprio, CC BY-SA 3.0
A maioria das impressionantes pirâmides escalonadas, templos e arcadas com colunas foi construída após a conquista dos toltecas, de acordo com a National Geographic. No entanto, algumas delas foram erguidas antes da tomada da cidade, a partir de 750 d.C.
“Visto como um todo, o incrível complexo revela muito sobre a visão maia e tolteca do universo. A forma com que eles construíram a cidade estava intimamente ligada ao que era observável nos céus noturnos da Península de Yucatán”, relatou a National Geographic.
Crédito da foto: Wiki Commons Por Bjørn Christian Tørrissen - Trabalho próprio
O marco mais famoso da cidade é o Templo de Kukulkan, também conhecido como El Castillo. É composto por 365 degraus, distribuídos em 91 de cada lado do templo. A plataforma final marca o último degrau dessa contagem, destacando sua notável engenharia.
Crédito da foto: Wiki Commons por ATSZ56 - Trabalho próprio
Duas vezes por ano, durante os equinócios de primavera e outono, sombras projetam-se sobre o templo, na forma de uma serpente. Ao entardecer, essas sombras convergem para a cabeça esculpida da serpente, situada na base da imponente escadaria do templo.
Crédito da foto: Wiki Commons por Frank Kovalchek
Outro importante sítio arqueológico da cidade é a quadra de atividades, onde o povo praticava um sofisticado jogo ritualizado. Os participantes deveriam arremessar uma bola de borracha de 5 quilos através de um aro de pedra, localizado no ponto mais alto da quadra. Os perdedores eram supostamente condenados à morte.
Crédito da foto: Wiki Commons De Kåre Thor Olsen - Trabalho próprio, CC BY-SA 3.0
Chichén Itzá desempenhou um papel crucial como centro religioso e cerimonial na cultura maia. Além disso, foi um agitado centro urbano, marcado por uma intensa atividade de comércio regional, cujo declínio permanece envolto em mistério.
Os habitantes de Chichén Itzá abandonaram a cidade por volta de 1400, e ainda não se sabe quais foram as razões que o levaram a isso. A seca e o desmatamento foram sugeridos como duas possíveis causas, conforme apontado pelo History Skills.
Por outro lado, a instabilidade política também foi apontada como um possível motivo para o abandono da cidade. Chichén Itzá, sendo uma urbe complexa e sofisticada, pode ter experimentado discordâncias entre facções ou líderes, o que, eventualmente, contribuiu para sua queda.
Crédito da foto: Wiki Commons Por Teoberto Maler - Coleção de negativos e impressões, 1895-1908: Arquivos do Museu Peabody, Universidade de Harvard
A redescoberta da cidade, em 1988, despertou o interesse de muitos. A cidade tem aspectos únicos entre as ruínas maias e seu fascínio atrai milhares de pessoas, todos os anos.