Rita Lee em fotos: relembre sua trajetória!

Dona de uma voz inconfundível, genialidade e um estilo marcante, Rita Lee foi um dos maiores talentos da música de todos os tempos.

Nascida em Vila Mariana, São Paulo, Rita Lee pregou a liberdade acima de tudo. Suas performances no palco, canções e entrevistas foram provas disso.

Em 2017, Rita Lee concedeu uma entrevista ao apresentador Pedro Bial e falou de sua personalidade nos anos 1970: "Essas coisas de feminismo e tudo, eu não tenho muito a teoria da coisa, nunca tive. Eu fui mais de ação. ‘Ah, mulher não pode usar calça comprida’. Pode! E usava. ‘Mulher não pode falar de s e x o, de prazer’: eu ia lá e fazia música."

Rita Lee começou a soltar a voz muito jovem, aos 16 anos, quando fez parte do trio Teenage Singers, com o qual apresentava-se em festas de escolas. O grupo chamou atenção do cantor e produtor Tony Campello que convidou as integrantes para participar de gravações como backing vocals.

Em 1964, Rita passou a fazer parte do grupo Six Sided Rockers que, dois anos depois, deu origem à banda Mutantes. A banda revolucionou a maneira de fazer música no Brasil e tornou-se cultuada em todo o mundo.

(Foto: Divulgação)

Em plena efervescência do Tropicalismo, os Mutantes aportaram no movimento, unindo a psicodelia aos ritmos locais. Além de Rita Lee, era formada, originalmente, por Arnaldo Baptista e Sérgio Dias.

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Com os Mutantes, a jovem de voz macia era a modernidade em pessoa, tornando-se também referência no processo de independência da mulher nos anos de 1960.

Rita Lee fez parte dos Mutantes no período mais relevante e criativo da banda, de 1966 a 1972, entretanto, em 1970, ainda antes de deixar o grupo, ela lançou seu primeiro álbum solo, 'Build up'.

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Com a saída dos Mutantes, Rita fez parte do grupo Tutti Frutti, com o qual gravou cinco álbuns, com destaque para “Fruto Proibido”, de 1975, que tinha a música “Agora só falta você”.

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No finalzinho dos anos 1970, Rita começou a trabalhar em parceria com Roberto de Carvalho, firmou-se na carreira solo e lançou um de seus álbuns de maior sucesso, o 'Rita Lee', que reuniu canções como “Mania de Você”, “Chega Mais” e “Doce Vampiro”.

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Em 1980, ela lançou um novo álbum, que também leva o seu nome, e optou pelo estilo pop suave. Fez sucesso com “Lança Perfume” e “Baila Comigo”.

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A partir daí, Rita Lee tornou-se um fenômeno de vendas e, dentre os álbuns de destaque, estavam o “Saúde” (1981) e “Rita e Roberto” (1985). Entre 1991 e 1994 esteve separada de Roberto de Carvalho e reclusa. Entretanto, em 1995, voltou com a turnê “A marca da Zorra”. Foi quando abriu os shows dos Rolling Stones, no Brasil.

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Foi em 1996, depois de 20 anos juntos, que Rita Lee e Roberto de Carvalho casaram-se no civil. Permaneceram como marido e mulher até a partida da artista.

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Já em 2001, com o disco “3001”, Rita Lee ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa.

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Em 2022, ela ganhou uma justa homenagem no Grammy Latino 2022, em Las Vegas: o Lifetime Achievement Award, um reconhecimento do conjunto de sua obra e carreira.

Devido a sua fragilidade física, em 2012, Rita anunciou que deixaria de fazer shows. No Twitter, ela postou: “Aposento-me dos shows, mas da música, nunca”.

O último álbum de canções originais saiu em 2012. Intitulado de "Reza", foi o primeiro trabalho de inéditas em nove anos. Ao todo, Rita lançou 40 álbuns.

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Em 2016, chegou às livrarias o livro “Rita Lee: uma autobiografia”. A obra soou como uma bomba, já que ela contou detalhes do a b u s o que sofreu quando tinha seis anos de idade, bem como episódios da sua carreira, a expulsão dos Mutantes e a luta contra o alcoolismo.

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Muito antes de sua autobiografia, Rita escreveu, em 1983, a série "Dr. Alex” que foi relançada em 2019 e 2020. Em março de 2023, a cantora anunciou "Outra Autobiografia", que está em pré-venda.

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Rita também escreveu “Amiga Ursa: Uma história triste, mas com final feliz” (infantil) “FavoRita”, “Dropz”, “Storynhas” e “Rita Lírica”.

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Apesar de o título de “Rainha do Rock” ter surgido naturalmente, ela achava a designação cafona e preferia ser chamada de “Padroeira da Liberdade”.

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Em sua autobiografia, Rita Lee disse que queria a seguinte frase em seu epitáfio: "Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa". E muito.

Em 2021, recebeu o diagnóstico de câncer de pulmão, seguiu confiante e passou por tratamentos de imunoterapia e radioterapia. No mesmo ano, ela lançou o último single da carreira, “Change”, em parceria com Roberto de Carvalho. No dia 8 de maio de 2023, o Brasil disse adeus à diva do rock, que tinha 75 anos.

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