A lista das piores comidas brasileiras feita por guia especializado
Recentemente, o TasteAtlas, um popular guia de culinária internacional dos EUA, divulgou uma lista das piores comidas brasileiras, gerando grande repercussão entre os amantes da gastronomia.
Especializado em mapear e avaliar pratos tradicionais de todo o mundo, o site apresentou uma visão curiosa e polêmica sobre a culinária brasileira, classificando algumas iguarias que, apesar de tradicionais, não agradaram tanto o paladar internacional.
As 7.456 avaliações registradas no site até setembro resultaram em uma lista das 37 piores comidas do Brasil, entre elas o acém, o cajuzinho e o pé-de-moleque.
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O site destaca que sua política para validar as opiniões dos usuários é desconsiderar avaliações nacionalistas ou patrióticas locais, prezando por paladares mais neutros.
Isso explica por que o biscoito de polvilho entrou na lista, ocupando o 24º lugar, uma comida tão adorada pelos brasileiros.
Com a pior pontuação, o primeiro colocado foi o cuzcuz paulista, que registrou 2,8 estrelas, em uma escala de 0 a 5. Já a última colocada, ou seja, a comida menos ruim, foi a pamonha, empatada com a galinhada e o X-Tudo.
A segunda pior nota foi para o arroz com pequi, prato típico do cerrado brasileiro, muito popular em Goiás e em algumas regiões de Minas Gerais. O pequi tem um sabor único e polarizador: ou você adora, ou detesta, sem meio-termo.
Entre os pratos doces, a lista inclui a popular maria-mole, os sequilhos e o sagu, uma sobremesa oroginária da Serra Gaúcha, feita com bolinhas de fécula de mandioca cozidas.
Difícil de acreditar, mas a salada de maionese e o salpicão de frango também entraram para o ranking das piores comidas.
Isso sem falar no típico bolo de chocolate com cobertura de granulado. O formigueiro não agradou o público estrangeiro, que o avaliou com apenas 3,8 estrelas.
E não é surpreendente que o caruru não seja dos favoritos para os visitantes de fora. Feito com quiabo picadinho, camarão seco, cebola, amendoim, castanha de caju e azeite de dendê, esta iguaria é mesmo apreciada pelos brasileiros.
De origem indígena e típica na região Norte do Brasil, a maniçoba também não conquistou o gosto internacional. Seu ingrediente principal é a folha da mandioca-brava, que geralmente é consumida com carnes salgadas e defumadas, como lombo e charque.
O sanduíche de mortadela, um ícone do Mercado Municipal de São Paulo, ocupa a 18ª posição, com uma classificação de 3,7 estrelas. Para William Loureiro, membro da quarta geração da família que trouxe o lanche para a região, isso é um motivo para questionar a credibilidade do ranking do Taste Atlas, relatou O GLOBO.
Originário de Pernambuco, o tareco é um biscoito compacto feito com farinha de trigo, ovos e açúcar. Apesar de sua popularidade local, não agradou ao paladar dos estrangeiros.
Alguns chefes de cozinha criticaram duramente as avaliações. "Não cheguei nem ao final da lista. Achei uma uma falta de cultura absurda. É algo risível", declarou a chef Roberta Sudbrack, citada por O Globo.
Segundo ela, a comida é uma expressão profunda da cultura, refletindo tradições, histórias e valores que não precisam ser validados por rankings internacionais, mas sim apreciados por sua autenticidade e importância local.
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