Max Fercondini: de galã de novela a aventureiro sem endereço
No fim dos anos 1990, um belo rapaz, de 14 anos, chegava à TV Globo para fazer sucesso. Com muito talento e belos olhos claros, Max Fercondini conquistou o público, na pele de diversos personagens de novelas. Entretanto, afastou-se da TV em 2013.
(Foto: Reprodução / Instagram)
Isso porque ele escolheu para sua vida algo que lhe desse mais prazer do que a arte de atuar: velejar. Atualmente, vive sem endereço fixo e a bordo de um barco.
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Em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, o ator falou: “Quando mudei-me, pensei em passar um ano e meio morando no barco. Mas agora não me vejo vivendo em terra firme, nos próximos cinco ou dez anos. Adaptei-me realmente a esse estilo de vida.”
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Max é apaixonado pela natureza, e, antes de embarcar nessa ousadia marítima, conheceu paisagens pelo ar e pela terra. O seu espírito aventureiro chegou a virar programa de TV e o impulsionou a mudar radicalmente seu estilo de vida.
A vida de Max tem sido contada através de um novo personagem: o de escritor. Ele já publicou dois livros, o primeiro "Mar calmo não faz bom marinheiro", pela Insígnia Editora e "América do Sul sobre rodas", da Novo Conceito, este, em parceria com sua ex-namorada, Amanda Richter. Agora, o ex-ator trabalha em uma terceira obra.
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Sobre as publicações, ele disse na mesma entrevista: “Nunca imaginei que eu fosse me tornar escritor, não passava isso na minha cabeça. A necessidade de compartilhar as histórias que eu estava vivendo foi o que me motivou a escrever. Encontrei-me na literatura. Por isso, estou escrevendo agora uma coleção de livros infantis e pretendo escrever mais.”
A vida amorosa de Max sempre foi um livro aberto. Durante nove anos, ele teve um relacionamento com a atriz Amanda Richter e, desde que terminaram, desfruta da vida solteiro mundo afora.
“Não estou em busca de um amor. Percebi que existem outras formas de se relacionar. Às vezes, há momentos sozinho, perrengues... Desenvolvi amor próprio ao perceber que era capaz de conduzir o meu barco e resolver os problemas”, contou.
E ainda completou: “Acabei encontrando mulheres pelo caminho que me interessaram, pessoas que me fizeram companhia. Em algum momento, tive amores que eu gostaria de ter levado por mais tempo, mas por conta da vontade de continuar seguindo viagem tive que deixar.”
Entretanto, para ele, existe uma vontade de casar-se, e levar uma vida a bordo, educando os filhos, fazendo homeschooling. “Pelas marinas que eu passo também vejo que as crianças têm um convívio social com as outras de outros barcos. Acho viável. E minha ideia é que seja feito dessa maneira. O mais difícil é encontrar alguém que tenha esse espírito aventureiro e a disponibilidade de viver de maneira nômade”, refletiu.
Max Fercondini começou a atuar ainda na adolescência. No começo dos anos 2000, teve a oportunidade de trabalhar em novelas como ‘Esplendor’ (2000) e engatar outro papel, no mesmo ano, em ‘Laços de Família’.
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Entre 2002 e 2003, fez parte do elenco da oitava temporada de ‘Malhação’. Na trama, deu vida a Leo, jovem que disputava o amor da bela Nanda (Rafaela Mandelli) com o irmão (Iran Malfitano).
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O ano 2004 foi de muita atividade para Fercondini. Logo em janeiro, deu vida a Candinho, na minissérie de Maria Adelaide Amaral, ‘Um Só Coração’. Em agosto foi a vez de ser Murillo, em ‘Começar de Novo’.
(Foto: Divulgação TV Globo)
Em ‘Páginas da Vida’ em 2006, Max interpretou Sérgio, o irmão da sofrida Nanda (Fernanda Vasconcelos). Na trama teve a oportunidade de trabalhar com nomes de peso como Lília Cabral e Marcos Caruso, os quais eram seus pais.
(Foto: Divulgação / TV Globo)
Na trama de Walcyr Carrasco, ‘Sete Pecados’ (2007) entrou na pele de Aquiles. Já, no ano seguinte, no sucesso ‘Ciranda de Pedra’, foi Conrado, o filho do industrial Cícero Cassini, interpretado pelo inigualável Osmar Prado.
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De 2009 a 2014 esteve à frente do programa 'Globo Ecologia', tratando de assuntos que sempre amou: natureza e sua preservação. A rescisão de contrato com a emissora fez Fercondini mudar sua maneira de enxergar a vida.
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Ainda na entrevista publicada em O Globo, ele falou: A rescisão (com a TV Globo) me fez ponderar e perceber que eu tinha que tomar de novo o controle da minha vida, ajustar as velas e poder fazer o que eu realmente queria: as expedições. Não são viagens turísticas, são de autoconhecimento. Com elas, confronto os meus valores, os meus ideais, a minha cultura.”
(Foto: Divulgação / TV Globo)
Durante esse período, além da apresentação do programa, Max também dedicou-se às novelas, tendo participado de tramas como ‘Viver a Vida’ (2009), ‘Morde & Assopra’ (2011) e 'Flor do Caribe' em 2013.
(Foto: Divulgação / TV Globo / João Miguel Júnior)